Homem quebrou toda a casa, agrediu familiares e ameaçou as irmãs de estupro; família precisa de ajuda.

‘Tragédia anunciada’, diz mãe que tenta internar o filho esquizofrênico e usuário
Colegas da mãe do rapaz tentaram contê-lo amarrando-o na cama. / Foto: Reprodução vídeo/ Arquivo Pessoal

“Praticamente uma tragédia anunciada”, é o que diz uma mãe em desespero.  Janaina Soares Leão, 36 anos, moradora do bairro Buriti, está vivendo um verdadeiro inferno com um filho esquizofrênico e usuário de drogas. Ele quebrou toda a casa no domingo (13), agrediu familiares e ameaçou estuprar as irmãs. 

A PM já foi acionada e esteve no local, mas apenas orientou a família a buscar ajuda do Corpo de Bombeiros e foi embora. Janaina afirma que já solicitou, na Defensoria Pública de MS, pedido de internação compulsória dele, mas, até agora, nada. Deram prazo de 20 dias para visitar a família e verificar a situação.

A família composta só por mulheres está convivendo com os surtos cada vez mais agressivos do rapaz e está no escuro. A cada briga, e quebra-quebra na casa, elas são acudidas pelos vizinhos. A avó de 72 anos, que mora no mesmo local, está em choque com tamanha violência e perigo. 

Vizinhos gravaram diversos vídeos do rapaz. Em um deles, ele aparece sendo amarrado para ser contido. Outro mostra todos os objetos da casa quebrados e um último contém o registro dele ameaçando cometer estupro contra as irmãs, menores de idade.

Um filme de terror para quem convive com dependente químico e para quem assiste a cena. 

“Ele usa drogas, já ficou duas vezes internado, mas nunca melhorou. Ele está ameaçando a gente, hoje mesmo nós não dormimos com medo. Em um dos momentos de agressão, a gente ficou segurando a porta pra ele não arrombar. Não sei mais o que fazer. A polícia disse que só prende se ele estiver armado. Mas estamos vivendo um verdadeiro horror em casa. Não sei mais o que fazer”, diz a mãe.
Nesta segunda, Janaina se deslocou até a Defensoria, mas foi informada que só receberá atendimento daqui há 20 dias. 

Ela teme que, até lá, o período de espera seja tarde e ocorra algo pior.

“Estamos sem respaldo do poder público. É como se a gente não existisse. Estamos com muito medo dele e não temos nenhum tipo de atendimento.”

O caso foi encaminhado para a assessoria de comunicação da Defensoria Pública de MS e para a Secretaria de Assistência Social de Campo Grande.  Aguardamos respostas.