
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse nesta segunda-feira que avançar nas negociações de paz com a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) fará com que a paz no país seja "completa".
"Agora que avançamos com o ELN, será completa, será uma paz completa", disse Santos em discurso minutos depois que seu governo e essa guerrilha, a segunda maior do país, anunciaram em Caracas que no dia 27 de outubro iniciarão no Equador a fase pública de negociações.
Em sua declaração, Santos lembrou que estão há três anos trabalhando com o ELN para abrir uma negociação que permita "acabar também o conflito armado com eles".
Durante seu discurso também destacou que para poder chegar à fase pública das negociações "foi fundamental que se tivesse iniciado o processo de libertações" das pessoas que o ELN mantinha sequestradas, uma das imposições do governo.
Dessa forma, não haverá "nunca mais sequestrados pelo ELN na Colômbia".
Essa guerrilha libertou hoje o último dos agricultores que sequestrou há semanas no departamento de Arauca, na fronteira com a Venezuela, e se desconhece o número de pessoas que mantém em seu poder, mas se tem certeza que ainda está em seu poder o ex-congressista Odín Sánchez Montes de Oca.
No último mês de o abril, ex-parlamentar pediu para ficar em cativeiro no lugar de seu irmão Patrocinio, ex-governador do departamento de Chocó, que estava há quase três anos sob o poder dessa guerrilha e tinha graves problemas de saúde.
Santos destacou que as partes decidiram iniciar as negociações discutindo simultaneamente dois pontos da agenda: o de "participação popular" e o de "as ações e gestos humanitários que devem acontecer para ajudar a construir a paz", o que representa acelerar o processo.
Além disso, agradeceu ao presidente do Equador, Rafael Correa, e a seu governo por "sua permanente disposição para servir como anfitriões para o início desta fase pública de negociações".
Santos também mostrou sua gratidão aos demais países que acompanharam o processo até agora e continuarão fazendo-o na fase pública: Noruega, Chile, Cuba e Brasil.
Por último agradeceu à Venezuela, que facilitou as reuniões para estabelecer a abertura da mesa de conversas.
O presidente colombiano também detalhou que nos próximos dias será divulgada a formação das equipes negociadores para esta fase.
"Os olhos do mundo nos observam e esperam o melhor", concluiu Santos.
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