A nível nacional, apenas 25% das vítimas de acidente são mulheres

Mulheres se envolvem em apenas 31% dos acidentes de trânsito em MS

Os dados do relatório anual da Seguradora Líder, que administra o Seguro DPVAT, revelaram que as mulheres são as mais cuidadosas no trânsito. Isso porque, das mais de 328 mil indenizações pagas pelo seguro em 2018, apenas 25% foram para vítimas do sexo feminino. Em Mato Grosso do Sul, 31% das vítimas de acidente de trânsito são mulheres.

Conforme a seguradora, entre os motoristas indenizados, 15% eram mulheres. Ao analisar somente os pagamentos destinados às mulheres, os números também mostram que elas são mais atingidas quando estão na condição de passageiro e pedestre. As duas categorias concentraram mais da metade das ocorrências indenizadas com vítimas do sexo feminino.

Já entre os homens, mais de 78% dos beneficiários eram motoristas. Os dados reforçam, portanto, o maior índice de imprudência entre os homens no comando da direção. Mas, apesar da baixa participação das mulheres em acidentes de trânsito, as jovens de 18 a 34 anos são as mais atingidas quando as colisões acontecem.

A faixa etária, considerada a população economicamente ativa, concentrou 47% dos pagamentos destinados às vítimas mulheres.  O segundo grupo de idade mais afetado é o de 45 a 64 anos (22%).

Quanto às regiões brasileiras, o Centro-Oeste teve o maior número de indenizações pagas por acidentes envolvendo mulheres no ano passado, com 28% do total de pagamentos por ocorrências com o sexo feminino. Na sequência, estão Sul e Norte com 27%, Sudeste (26%) e Nordeste (21%).

Em relação ao período do dia, o anoitecer (17h às 19h59) foi responsável por cerca de 24% das ocorrências que tiveram benefícios pagos às vítimas do sexo feminino. Já a madrugada (0h às 5h59) concentrou o menor número de sinistros, com apenas 9% dos pagamentos.

O superintendente de Operações da Seguradora Líder, Arthur Froes, lembra que, de acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal, a falta de atenção do condutor foi a principal causa das ocorrências. Para ele, o cenário comprova a maior imprudência do homem ao volante.

“As mulheres recebem, em média, apenas ¼ das indenizações. Assim, proporcionalmente, se envolvem menos em acidentes de trânsito. Isso acontece porque costumam estar mais atentas às normas, como o uso do cinto de segurança e da cadeira infantil quando há crianças no veículo. Além disso, também são mais prudentes quanto à legislação, respeitando o limite máximo de velocidade das vias”, ressalta Arthur Froes.