Estudioso, brincalhão e sem beber na última semana por estar tomando remédios após contrair o zika vírus, Paulo Siufi Filho faria 22 anos no próximo dia 4 de maio. O jovem, que morreu na madrugada desta quinta-feira (28) após colidir o carro em um caminhão na BR-163, era filho do ex-presidente da Câmara, vereador Paulo Siufi, e é velado no Cemitério Parque das Primaveras, em Campo Grande.

Os amigos Germano Basígio, de 17 anos, Matheus Azambuja, de 20, Paulo Henrique, de 19 anos, Caroline de Melo, de 18, Moisés Palhares, de 20 e Raquel Marrone, de 18, garantem que são apenas alguns dos colegas que Paulo fez no pouco tempo de faculdade.

Apesar de jovem, o filho do vereador passou três anos e meio no Rio de Janeiro cursando Medicina, mas não teria se encantado pela profissão do pai e desistiu. Ao retornar a Campo Grande, iniciou neste ano o curso de Ciência da Computação, na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), no período matutino.

“Somos amigos há pouco mais de um ano, mas é como se fosse meu colega de infância. Ele era assim com todo mundo. Nunca queria ver ninguém triste, não deixava de fazer uma piada, mas era muito estudioso e dedicado”.

O vereador Airton Saraiva (DEM) disse conhecer Paulo desde os sete anos de idade. “Era o grande companheiro do Siufi, o filho homem do meio, com duas irmãs. Eu não consigo nem imaginara  dor do pai nessa hora”, comentou.

Muito emocionado, Vanderlei Cabeludo (PMDB) também esteve no local. “Ele perdeu um irmão, um companheiro, não é fácil ver o nosso colega assim”, comentou.

Os vereadores Magali Picarelli (PSDB), Eduardo Cury (PSD), Carlão (PSB), Otávio Trad (PTB), Coringa (PSD) e João Rocha (PSDB) também estão no local. Aos poucos, mais vereadores, amigos e familiares chegam para acompanhar o velório. O horário do enterro está marcado para as 16h30. 

Paulo Filho estava em um Citroen C4 Picasso quando colidiu em uma carreta Volvo peróximo do Posto Caravagio, KM 477 da BR-163, em Campo Grande. Pelas características do impacto, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) disse que o jovem estaria em alta velocidade e foi arremessado para fora do veículo com a colisão.

O motorista do caminhão, Márcio Aparecido da Silva, de 48 anos, afirmou que não conseguiu desviar do veículo, apesar de ter jogado a carreta para o acostamento. O caminhoneiro não se feriu no acidente, registrado como homicídio culposo, quando não há intenção do autor.