Ainda de acordo com o órgão, desde 2017 Mato Grosso do Sul vem expandindo o sistema de energia solar.

Mato Grosso do Sul é o 5º entre estados que mais produzem energia solar no país
Número de painéis solares triplicou em um ano e meio. / Foto: Governo de MS/Arquivo

Mato Grosso do Sul triplicou, em pouco mais de um ano e meio, o número de painéis fotovoltaicos e se tornou o 5º estado brasileiro que mais produz energia solar.

Segundo o documento Panorama Energético, produzido pela Semagro (Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), do início de 2020 até outubro deste ano, o número de equipamentos aumentou de 6.641 para 21.309.

Ainda de acordo com o órgão, desde 2017 Mato Grosso do Sul vem expandindo o sistema de energia solar. Em 2019, por exemplo, o crescimento de micro e mini usinas fotovoltaicas de geração chegou a 400%.

Conforme Edmir José Bosso, o técnico responsável pelo relatório, hoje “o Estado gera mais energia do que consome e há um processo acelerado de implantação de novas usinas de fontes renováveis, como a solar, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas'.

No caso da energia solar. O ranking dos maiores geradores por potência instalada inclui Minas Gerais (1 GWp), São Paulo (742 MWp), Rio Grande do Sul (728 MWp), Mato Grosso (444 MWp), Paraná (341 MWp) e Mato Grosso do Sul (233,5 MWp).

Expansão - No mês passado começaram as obras de uma nova usina de energia solar, que deve entrar em operação em fevereiro, com capacidade para abastecer 1.800 residências. O empreendimento é uma iniciativa da Ambiental MS Pantanal – empresa que surgiu da Parceria Público-Privada (PPP) entre a Sanesul e o Grupo Aegea.

O diretor-presidente da MS Pantanal, Celso Paschoal, revelou que o investimento em recursos sustentáveis, como a usina de energia solar, faz parte dos termos da PPP, que prevê investimentos de mais de R$ 1 bilhão na universalização do sistema de esgotamento sanitário e ações sustentáveis nos próximos 30 anos.

Edmir Bosso ainda disse que a região Leste é a mais procurada para os investimentos em energia solar, mas em todo o território do Estado há condições muito favoráveis para a instalação e usinas fotovoltaicas, em razão das temperaturas médias, que são as mais altas do país e com longos períodos de insolação.

“Mato Grosso do Sul já é referência na produção de energia renovável, sem nenhum impacto ambiental. E avança ainda mais na implantação de usinas de energia solar', diz Basso.

A nova usina, que está sendo construída em Cassilândia, na divisa com Goiás, terá capacidade de produção de 292 MWh/mês.

Hoje o Estado possui 20 usinas movidas a biomassa (bagaço) de cana-de-açúcar (potência) de 1.155,0 MW), 44 pequenas centrais hidrelétricas (705,5 MW), cinco usinas de gás natural (640,0 MW), duas usinas de biomassa (cavacos) de eucalipto (496,0 MW), e 21.309 placas de energia solar (233,5 (MW).

Há, ainda, as hidrelétricas híbridas que produzem energia para Mato Grosso do Sul e São Paulo - Jupiá, Ilha Solteira e Porto Primavera, com geração de 6,541 MW). Há também três projetos de PCHs e 1 usina/carvão em processo de licenciamento ambiental.

Incentivo -  Para incentivar a expansão da energia solar em MS, o governo estadual prorrogou o prazo do benefício fiscal para isenção do ICMS nas operações com equipamentos destinados à geração de energia solar até 30 de abril de 2022. Em visita recente ao Estado, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, destacou a expansão em MS.

“Mato Grosso do Sul tem se destacado em âmbito nacional por criar um ambiente de negócios favorável a investimentos. O Estado é referência em energia renovável, seja ela da biomassa, seja ela solar', disse Albuquerque.

A energia solar fotovoltaica no Brasil tinha capacidade instalada de 10,3 GW em julho deste ano. Em 2020 o Brasil era o 14° país do mundo em termos de potência instalada de energia solar (7,8 GW), favorecido pela maior incidência de irradiação solar do mundo.