Valdinei se entregou à polícia hoje; ele é acusado de matar um jovem e balear outro.

Jovem que ficou paraplégico foi baleado ‘sem querer’, aponta investigação
Paulo Sérgio e a esposa, Ângela. / Foto: Arquivo Pessoal

Paulo Sérgio de Oliveira Santos, 28 anos, que ficou paraplégico, foi atingido por bala perdida durante a confusão em uma conveniência na Rua Catiguá, no Paulo Coelho Machado, em Campo Grande. É o que aponta o depoimento de Valdinei de Lima Ferreira, 30 anos.

Valdinei se apresentou à polícia na manhã desta quarta-feira (22), acompanhado de um advogado. Ele é acusado de matar André de Freitas Santos, 27 anos, e atingir Paulo Sérgio, durante confraternização de colegas de curso.

Segundo o delegado Gustavo Bueno, da 5ª DP (Delegacia de Polícia), Valdinei decidiu se apresentar antes que fosse capturado pela polícia, que já estava em seu encalço. Ele tinha o direito de permanecer calado, mas decidiu cooperar com as investigações.

“Nós representamos ao Poder Judiciário pela decretação da prisão do investigado e foi acolhido esse pedido. As diligências foram se afunilando, todo o trabalho de cruzamento de informações da inteligência da polícia civil para efetivar a prisão, na onde, na data de hoje, não suportando estar foragido por saber que o perco estava sendo fechado, ele, juntamente com seus advogados, compareceu à delegacia para se entregar”, resume.

O delegado destaca que, apesar das justificativas de Valdinei, que foi ao local buscar a esposa e se desentendeu com André, o caso é tratado com ao menos dois agravantes.

“Com relação à motivação, nós entendemos que o motivo do homicídio é fútil para a prática delituosa. Além de uma situação em que as pessoas estavam em momento de diversão, o que diminuiu, dificultou, a resistência da vítima”.

Valdinei encontrou a mulher na confraternização do fim do curso de eletricista, tentou leva-la embora e saiu sozinho. Depois ele retornou, usando uma arma ilegal, e efetuou os disparos durante nova discussão.

Ele alega que foram apenas dois disparos, o que será verificado pela perícia. Agora, a 5ª DP trabalha para juntar mais provas e verificar a existência de um comparsa, que ajudou Valdinei a fugir do local do crime.

“Para a polícia civil hoje, damos o caso como praticamente esclarecido. Aguardam-se alguns laudos periciais e diligências de cruzamento das imagens das câmeras de segurança. Nossa equipe está trabalhando na reconstrução do cenário para verificar se havia ou não uma segunda pessoa dando fuga para ele na conveniência”, finaliza o delegado.