Eles apontam que as questões 89, 70 e 71, que tratavam sobre agronegócio e desmatamento, têm “cunho ideológico e sem critério científico ou acadêmico”.

Inep diz que não há motivos para anular questões do Enem 2023 sobre agronegócio
Palácios disse que as questões do Enem foram elaboradas por professores universitários selecionados por critérios públicos e que se basearam em textos de circulação ampla na sociedade. / Foto: Reprodução/Agência Brasil

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Manuel Palácios, disse que não há motivos para anular as três questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 que foram alvo de críticas da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e outras entidades do agronegócio.

Eles apontam que as questões 89, 70 e 71, que tratavam sobre agronegócio e desmatamento, têm “cunho ideológico e sem critério científico ou acadêmico”.

Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Palácios defendeu a decisão de não anular as questões.

Palácios disse que as questões foram elaboradas por professores universitários selecionados por critérios públicos e que se basearam em textos de circulação ampla na sociedade brasileira.

“Ninguém precisa concordar com o suporte do item, nem o item está perguntando se o estudante concorda. A questão quer saber se o estudante é capaz de compreender um determinado texto”, afirmou.

“O que justifica a anulação de uma questão é o caso de um item não ter uma resposta correta bem construída, ou se ele não produz informação relacionada efetivamente com a habilidade avaliada, que é parte do currículo”, complementou.

Comandado por Palácios, o Inep é o órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo exame.