Através de uma tela de celular, ele expressou o amor e a saudade que sente pelo pai e o vazio que sua ausência deixará na família.

Filho, que reside no Japão, assiste ao velório do pai assassinado em Aquidauana através do celular
Através de uma tela de celular, ele expressou o amor e a saudade que sente pelo pai e o vazio que sua ausência deixará na família. / Foto: Reprodução / Redes sociais

Uma família foi abalada por uma tragédia que culminou na morte do senhor Nelson Oguino, de 74 anos, no último sábado (13) em Aquidauana. O filho, Edivaldo Gomes Oguino, atualmente morando no Japão, assistiu ao velório do pai assassinado através do celular.

Edivaldo, que não pôde retornar a Aquidauana para o velório e sepultamento do pai, relatou ter sido informado sobre a morte por uma ligação da cunhada do idoso. Através de uma tela de celular, ele assistiu de longe à despedida emocionante, expressando o amor e a saudade que sente pelo pai e o vazio que sua ausência deixará na família.

Em uma mensagem comovente, Edivaldo levantou suspeitas sobre a madrasta, mãe dos assassinos confessos, na participação da morte de seu pai. Ele descreveu situações em que notou um distanciamento entre o idoso e sua esposa, ressaltando comportamentos questionáveis que despertaram sua desconfiança em relação à mulher.

"Nas visitas que fiz ao meu pai, percebi que ele dormia em quartos separados, não vivendo como um casal. Ela não demonstrava mais afeto por ele, e até o deixava se virar com sua alimentação. Sempre que íamos lá, ela se afastava e ficava ao telefone com alguém. Alegava que meu pai estava perdendo a lucidez, mas ele só tinha problemas de audição. Ele estava sendo oprimido em sua própria casa pela esposa e enteados. Em uma visita, ela até disse ao filho para procurar trabalho, pois não fazia nada e bebia muito. Na última vez que o visitei antes de viajar, ele estava revisando os documentos da aposentadoria do INSS, e ela sugeriu que, se algo acontecesse a ele, ela ficaria com o dinheiro. Ele não queria deixá-la desamparada, mesmo assim. No dia do incidente, ela nem acompanhou meu pai ao hospital; quem o fez foram seu cunhado e sua esposa. Ela não nos avisou da tragédia enquanto estávamos no exterior; foram os cunhados que nos contaram. Meu pai os considerava como filhos e sempre o ajudaram com consultas médicas. Em um vídeo, ela mencionou que saiu para cobrar dívidas na hora em que aconteceu a tragédia, o que parece suspeito, considerando que ele recebia uma boa aposentadoria. Minha irmã foi até a casa dele assim que soube da notícia e encontrou Marinete Cordeiro, sua esposa, lavando a varanda onde ocorreu o incidente. Ela disse que não encontrou a carteira do meu pai e seus pertences. É revoltante o que fizeram com um homem de 74 anos, sem chance de defesa. Parece um latrocínio, e todos nós suspeitamos do envolvimento dela nessa trágica morte", disse Edivaldo.

As investigações revelaram que Nelson Oguino foi brutalmente agredido com cadeiradas por seus enteados, Rodrigo Willian Moreira e Valdinei Santos Moreira, na Rua Treze de Junho, no Bairro Cidade Nova. Os agressores confessaram o crime e foram detidos pela polícia.

 A esposa do idoso, ao retornar de suas atividades durante a tarde e encontrar o marido ferido, prontamente acionou as autoridades e serviços de emergência. Até o momento, a Polícia Civil de Aquidauana não se pronunciou sobre o caso, que segue sob investigação para esclarecer os detalhes e responsabilidades envolvidas nesse trágico episódio, segundo o site A Princesinha News.