Essa antiga certeza deixou de existir no atual cenário de tantas transformações no mercado de trabalho. Com a mudança como uma constante e a entrada brutal de tecnologia em todos os mercados e setores, o papel do profissional precisa ser repensado e o modelo educacional, também. Um recente estudo da ONU indica desemprego global de 20% a 40% nos próximos anos. Uma parte será substituída por informática e inteligência artificial. As nossas universidades são tão atrasadas que ainda não se deram conta da necessidade premente de ter o ensino tecnológico como crucial em todas faculdades.

A dúvida fundamental nessa revolução vai além do peso do nome da instituição. Chega ao questionamento se é mesmo necessário frequentar as salas de aula. Os ensinos à distância estão roubando os alunos das salas de aula no mundo todo. Mostram-se, a cada dia, melhores e conectados com o século XXI. Inclusive cursos anteriormente impensáveis de serem ofertados à distância como preparatórios de residência na medicina, bem como os de pós-graduação em um número relevante de carreiras médicas. No caso dos cursos nas áreas de humanas, administração e da engenharia da informação, o nome da faculdade é quase uma questão obsoleta. Mas, enfim, o mercado ainda se interessa pelo nome da universidade ao contratar ou demitir seus funcionários? Ainda existem empresas que se preocupam com o nome da universidade, mas, hoje, são uma raridade. As empresas que realmente estão preocupadas com seu futuro perceberam que não é o diploma ou o nome da faculdade que garante os melhores resultados.

As escolhas no momento da contratação ou da demissão estão relacionadas a salários e aspectos comportamentais dos trabalhadores e não por ausência de alguma parte do conhecimento técnico necessário, mostram-se dispostas a complementá-los. O item número na hora de demitir é o relacionamento do funcionário com o chefe. Ninguém, absolutamente ninguém é demitido pelo diploma que tem. Essa prática ficou no passado distante.

As empresas também tomaram conhecimento de que existem universidades renomadas com faculdades muito mal avaliadas pelo MEC, assim como o inverso é verdadeiro.