Os municípios com maior número de casos foram Campo Grande (1.888), seguido por Três Lagoas (518), Dourados (261), Brasilândia (183) e Paranaíba (170).

Escorpiões causam três de cada quatro acidentes com animais peçonhentos em MS
Os municípios com maior número de casos foram Campo Grande (1.888), seguido por Três Lagoas (518), Dourados (261), Brasilândia (183) e Paranaíba (170). / Foto: GOV MS

Os municípios com maior número de casos foram Campo Grande (1.888), seguido por Três Lagoas (518), Dourados (261), Brasilândia (183) e Paranaíba (170).
Acidentes com escorpiões representam 3 de cada quatro ocorrências envolvendo animais peçonhentos em MS. Serviço de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica reforça pedido de cuidado à população.

Conforme a divulgação, acidentes com escorpiões lideram as notificações registradas entre 2023 e 2024, mesmo em meses fora da temporada de maior calor e chuvas. No total, foram 13.227 notificações, sendo 75,71% relacionadas a esses animais.

Ainda segundo informado, no período entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025 foram registrados 6.101 acidentes escorpiônicos. Os dados são da Coordenadoria Estadual de Vigilância em Saúde Ambiental e Toxicológica) da Secretaria estadual de Saúde.

Os municípios com maior número de casos foram Campo Grande (1.888), seguido por Três Lagoas (518), Dourados (261), Brasilândia (183) e Paranaíba (170).

Espécies

Foi divulgado também que as principais espécies encontradas no estado são o Tityus confluens (escorpião amarelo), que provoca acidentes moderados; o Tityus serrulatus (escorpião amarelo), que pode causar acidentes moderados a graves, com necessidade de internação; e o Tityus bahiensis (escorpião marrom), também responsável por casos graves — especialmente entre crianças e idosos, que são mais vulneráveis ao agravamento dos sintomas.

Ações de controle

Para enfrentar o aumento dos casos, o Estado tem desenvolvido uma série de ações preventivas e de controle. Entre elas, destacam-se as capacitações constantes de profissionais de saúde e de saneamento, o fortalecimento do diagnóstico e do tratamento dos acidentes e a implantação da Rice (Rede Integrada de Controle de Escorpiões), que integra medidas a longo prazo para o enfrentamento do problema.

A Rice inclui a formação especializada de agentes comunitários e de endemias, fortalecendo a resposta rápida a acidentes e a implementação de estratégias baseadas em evidências. Promove a produção e distribuição de materiais educativos — como cartazes, folders, boletins e cartilhas — e a ampliação da CSAIM (Coleção Sul-mato-grossense de Artrópodes de Interesse Médico). Também faz parte das estratégias o gerenciamento eficiente da distribuição de soro antiescorpiônico nas unidades de saúde do estado.

Somente no mês de maio, e antecipando o período de maior ocorrência de acidentes com escorpiões, foram capacitados 90 técnicos em dois municípios do estado. Essas ações visam reduzir a incidência de acidentes e mitigar os riscos à saúde pública.

Em caso de acidente, a recomendação é buscar imediatamente atendimento médico em uma unidade pública de saúde e não aplicar remédios caseiros ou substâncias no local da picada, para não agravar a situação da vítima. Além das ações do poder público, o combate passa pela conscientização da população. Medidas preventivas simples podem ajudar a reduzir os acidentes com animais peçonhentos. Dentre elas:

Manter ralos bem tampados e frestas vedadas;
Evitar acúmulo de entulhos, restos de materiais de construção e lixo doméstico;
Limpar quintais, jardins e terrenos baldios com frequência;
Inspecionar roupas, calçados e roupas de cama antes de usar, especialmente se estiverem no chão.

Escorpiões causam três de cada quatro acidentes com animais peçonhentos em MS
Escorpiões causam três de cada quatro acidentes com animais peçonhentos em MS
Escorpiões causam três de cada quatro acidentes com animais peçonhentos em MS