Benedita da Silva ignora estatísticas de letalidade em sua gestão no Rio de Janeiro.
A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) causou polêmica ao criticar a atuação da Polícia Militar no Rio de Janeiro, em um vídeo divulgado nesta quinta-feira, 30. A parlamentar questionou a ação policial na zona norte da capital fluminense, que resultou em mais de 100 mortes, afirmando que, em sua época como governadora, a polícia "entrava para proteger, não para matar".
Entretanto, os números do Instituto de Segurança Pública (ISP) revelam uma realidade bem diferente. Em 2002, durante a gestão de Benedita da Silva, a polícia do Rio de Janeiro atingiu um recorde histórico de letalidade, com 1.195 mortes em confrontos com suspeitos. Esse número representa quase o dobro do registrado no ano anterior, 2001, quando o então governador Anthony Garotinho contabilizou 772 óbitos.
Letalidade em alta
A escalada da violência no Rio de Janeiro durante o governo de Benedita foi tema de uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, publicada em dezembro de 2002. A matéria destacou o aumento expressivo de mortes em supostos confrontos com a polícia, com 834 casos confirmados pela Secretaria de Segurança Pública em apenas 11 meses, superando os 592 óbitos do ano anterior.
Na época, o próprio secretário de Segurança, Roberto Aguiar, admitiu o aumento da letalidade, justificando-o como resultado de um "maior enfrentamento com traficantes". O levantamento também apontou um aumento nos casos de roubos e outras ocorrências violentas.
O ex-oficial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Rodrigo Pimentel, utilizou suas redes sociais para rebater as declarações da deputada, desmentindo o discurso da petista e ressaltando que, em sua gestão, "a polícia mais matou na história do Rio".
"Vamos abandonar as emoções e olhar os números. No governo dela, foram 1.195 mortos" - afirmou Pimentel.
O governador Cláudio Castro (PL) aproveitou a oportunidade para agradecer o apoio de Rodrigo Pimentel e defender a política de segurança de seu governo.
"Segurança pública exige responsabilidade, não discursos fáceis. Estamos trabalhando com transparência, técnica e resultados concretos" - disse Castro.











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