Ele tem cinco meses e já teve rejeição em duas plásticas

Com síndrome rara, bebê de Campo Grande precisa de R$ 10 mil para cirurgia

Receber a notícia de uma gravidez é motivo de alegria. E assim não foi diferente para Poliana Ponte de Oliveira, 24 anos. Ela que já era mãe de uma menina, quando soube da nova gestação começou com os planos para a chegada do bebê. Mas nem sempre as coisas são como esperamos, Erick Valentim nasceu com malformação e com apenas cinco meses de vida já teve problemas de rejeição após duas cirurgias plásticas. Com hipertelorismo, sem o órgão genital, sem os músculos do rosto, com a bacia aberta e problemas na bexiga, o bebê precisa de inicialmente R$ 10 mil para ser submetido a cirurgia, que seria a primeira da nova fase.

Com dois meses de gestação, Poliana descobriu durante um exame de ultrassonografia que o filho sofria de um problema identificado pelo médico como mega bexiga, e iniciou o tratamento. “O médico me explicou que ele tinha problema de mega bexiga. Ele não tem o canal da uretra, e como isso não desenvolve a bexiga cresce. E ai eu comecei a me tratar com esse médico mesmo. Fiz acompanhamento com vários exames de ultrassom”, disse.

“Quando eu completei 30 semanas fiz a ultrassom morfológica mostrou que ele ia nascer com anomalias estruturais. O médico então disse que o problema seria grave, e me encaminhou para um especialista em São Paulo. Fui para lá com 35 semanas. Lá o médico me disse que ele nasceria sem o órgão genital, e com hipertelorismo, que é o olhinho mais junto um do outro”, contou.

Poliana voltou para Campo Grande quando completou 35 semanas de gestação e agendou o parto para três semanas depois. “Eu voltei para cá e já marquei o parto. Foi cesárea, ele nasceu com 38 semanas e 4 dias. Eu não vi ele, me deram remédio. Eu não imaginava como seria meu filho. Pediram para o pai dele fazer a internação na UTI Neonatal. Depois de fazer a internação, voltou para o quarto, eu já estava acordada e perguntei se estava tudo bem. Ele disse que sim, e me explicou mais ou menos como o Erick tinha nascido”, explicou ao Jornal Midiamax.

No dia seguinte, Poliana foi visitar o filho na UTI e então veio o susto. “Quando cheguei na UTI o bercinho tava coberto. Quando abriram eu assustei, e chorei muito. Eu fiquei em choque. Aí veio a psicóloga, veio a médica para conversar comigo. Me falaram sobre a cirurgia plástica. Abriram a fraldinha para me mostrar que ele não tinha o órgão genital, tinha o umbigo e um buraco por onde ele fazia o xixi na minha barriga”.

Após cinco dias de nascido, Erick então passou pela primeira cirurgia para fechar a fissura para diminuir os riscos de infecção hospitalar. Diminuíram e abriram um canal direto no rim por onde sairia a urina do bebê. Logo em seguida subiu para um quarto no terceiro andar da Santa Casa.

Já internado no quarto, Erick que estava com 15 dias, fez sua primeira cirurgia plástica, mas não teve sucesso, de acordo com Poliana. Na semana seguinte, uma nova tentativa de cirurgia, mas também sem sucesso. “Rejeitou as duas vezes. Ele não tem o músculo facial, ai o médico diz que isso influencia”, explicou.

Nessa via crucis, Poliana contou que ficaram quase três meses no hospital e então vieram para casa. Após 15 dias em casa, um novo problema. Erick apresentou um quadro de infecção urinária e precisou ser internado novamente. “Ficamos uns 18 dias no hospital dessa vez. A bexiga dele é aberta, então ele toma remédio todo dia, porque a bactéria é colonizada. Ele faz tratamento”.

Erick, está com cinco meses, se alimenta por sonda e além de todos os quadros já apresentado ele tem alergia ao leite comum, e por essa razão precisa de um leite especial, que vem recebendo através de doações. "Os médicos disseram que ele vai levar uma vida normal. Para andar vai apresentar uma dificuldade por conta da bacia aberta", complementou a mãe.

Ajuda

De acordo com Poliana, eles têm recebido muitas doações, e o que precisa com urgência é o dinheiro para a primeira cirurgia nessa nova fase do Erick. “Nós vamos passar pelo médico agora dia 29 de novembro, ai vamos ter noção de quanto vai custar e quantas cirurgias serão necessárias. Mas a princípio precisamos de R$ 10 mil”.

“Graças a Deus muita gente tem ajudado. Fralda mesmo eu tenho para bastante tempo. Leite também. O remédio da infecção urinária a gente pega no SUS. O que a gente precisa é arrecadar o dinheiro para a cirurgia e o colírio e o gelzinho que ele usa no olhinho”, concluiu.

Quem desejar ajudar o bebê Erick e a mãe Poliana nessa batalha, pode entrar em contato pelo telefone: (67) 99674-2580. Os depósitos podem ser feitos na Conta Poupança na Caixa Eletrônica no nome de Poliana Ponte de Oliveira: 00003823-3 Agência 2112 Operação 013.

Em janeiro será realizado um almoço dançante para ajudar nas arrecadações, mas ainda estão organizando a data, local e horário.

Descrença nas redes sociais

Poliana contou também que com a divulgação do caso nas redes sociais tem recebido muitas ofensas. “O pessoal xinga, diz que a gente tá querendo tirar proveito. Mas você tá aqui. Você tá vendo. A gente entende que tem muita gente que faz montagem, e usa de má fé. Mas eu não. Meu filho tem esse problema, e eu estamos precisando de ajuda. Quem quiser ter certeza, pode me procurar, pode vir aqui em casa”, finalizou