PM cercou Assembleia e Governadoria

Com Assembleia cercada, previdência dos servidores estaduais volta à pauta

Com um grande aparato de segurança e presença de um número expressivo de policiais militares, o governo estadual quer garantir a votação da reforma da previdência na Assembleia Legislativa, na sessão desta terça-feira (28).

Para se antecipar à chegada dos policiais que devem limitar o acesso ao plenário da Casa, dezenas de servidores estão na Assembleia desde o fim da tarde de ontem, segunda-feira (27). Os sindicalistas afirmam que os policiais militares liberaram apenas 92 ‘senhas’ de entrada.

Na semana passada, centenas de servidores e representantes sindicais ocuparam a Assembleia e impediram a segunda votação do projeto que aumenta a contribuição previdenciária do servidor, de 11% para 14, e unifica os fundos geridos pela Ageprev (Agência Estadual de Previdência Social).

Representantes do Fórum de Servidores de MS já se posicionaram contra a reforma. Eles não concordam com a unificação dos Fundos, sendo que um deles registra um superávit de quase R$ 400 milhões, que os sindicalistas alegam que se tornaram deficitário em no máximo cinco meses se unificado.

Na tarde de ontem, o governo aceitou modificar parte do projeto, e propôs aumentar alíquota somente para quem recebe o teto da previdência, cerca de R$5,5 mil.

A entrada do Parque dos Poderes também ganhou presença de efetivo da PM, assim como o prédio da governadoria, que foi cercado pelos militares para impedir protestos dos servidores públicos.

Como a PM não permite entrada das pessoas, alguns dos sindicalistas e servidores presença também querem impedir acesso ao plenário de parte da imprensa e até dos funcionários da Casa.