Vários membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), pelo menos 40 deles brasileiros, escaparam na cidade paraguaia.

 As obras na Escola Professor Tito ainda não foram concluídas, mas devem ser finalizadas a tempo, diz a SED - Foto: Divulgação

O jornalista Leo Veras, de 52 anos, executado com 12 tiros na última quarta-feira (12) estava elaborando uma reportagem especial sobre uma suposta corrupção de policiais e membros do Ministério Público paraguaios na fuga de 76 presos na Penitenciária de Pedro Juan Caballero.

Vários membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), pelo menos 40 deles brasileiros, escaparam na cidade paraguaia. A fuga cinematográfica teria custado US$ 80 mil e contado com ajuda de policiais e agentes penitenciários. Desde então, 31 servidores paraguaios, incluindo um ex-diretor do presídio, foram presos.

Além disso, a ‘Fiscalía’ (órgão equivalente a uma Promotoria de Justiça, no Brasil) em Pedro Juan Caballero chegou a ser denunciada na Comissão Permanente do Congresso pela ministra da Justiça do país, Cecília Perez, por ‘aparente inércia’ depois de receber denúncia sobre o planejamento da fuga um mês antes, em dezembro de 2019.

Três ‘fiscalas’ (cargo equivalente ao de promotoras, no Brasil) participam das investigações sobre a fuga. A atuação de uma delas no caso chegou a ser questionada por ser casada com um policial paraguaio que ocupa cargo de chefia justamente na ‘comisaría’ (espécie de delegacia ou batalhão) responsável pela área onde fica a Penitenciária de Pedro Juan Caballero.

‘Amordaçado’ após ser executado, Léo Veras pode ter sido assassinado porque ‘falou demais’ sobre suposta corrupção de autoridades paraguaias.