Os jogos no caso eram Pokémon Gold e Pokémon Silver, ambos com a mesma característica de seus antecessores Red, Green e Blue, onde vários monstrinhos eram exclusivos de uma versão, obrigando a troca com outros jogadores via Cabo Link.

Vinte anos de Pokémon Gold & Silver: um universo maravilhoso e expandido
Um dos maiores acertos da Nintendo em Gold & Silver foi o novo plantel de monstros de bolso. / Foto: Reprodução

No dia 21 de Novembro de 1999 a Nintendo lançava no Japão o segundo capítulo do game Pokémon, o que ditaria o rumo da franquia para os próximos anos. O jogo chegaria mais tarde para o mercado americano fazendo a febre dos monstrinhos de bolso ficar ainda maior, somando o lançamento da nova temporada da animação e dos jogos de cartas.

Os jogos no caso eram Pokémon Gold e Pokémon Silver, ambos com a mesma característica de seus antecessores Red, Green e Blue, onde vários monstrinhos eram exclusivos de uma versão, obrigando a troca com outros jogadores via Cabo Link. Mas aqui o jogo subia para um novo patamar, pela primeira vez o título estava disponível numa paleta colorida, aproveitando o sucesso do Game Boy Color, e com gráficos e sons que exibiam uma enorme evolução entre primeira e segunda geração. Não só isso, a evolução do hardware permitia que se trocassem Pokémon via infra-vermelho, dispositivo embutido no novo console.

Um dos maiores acertos da Nintendo em Gold & Silver foi o novo plantel de monstros de bolso. A jogada de mestre era deixar o jogo compatível com os antigos, e colocar mais 100 criaturas sem retirar os que já tinham lugar no coração da garotada. O novo trio de iniciais era carismático, e ficava claro que se tratava de uma expansão de mundo, já que a aventura começava no continente de Johto, mas em dado momento o jogador poderia seguir rumo a Kanto, o local original da série que estava todo remodelado e com novos desafios. Se antes o jogador se esforçava para ter oito insígnias, agora o desafio era colecionar 16 delas.

Pokémon Gold & Silver ditou tendências, era bastante impressionante, por exemplo, o relógio interno do jogo, onde as horas eram reflexo do horário do mundo real. Precisava capturar um Pokémon noturno? Tinha que esperar escurecer. Precisa de um de hábitos diurnos? Só pela manhã.

Um ano mais tarde, seria lançado Pokémon Crystal, que uniria os jogos Gold e Silver com algumas melhorias na jogabilidade e na história, mas que tornava o game exclusivo (até então) do Game Boy Color. Estes seriam as últimas aventuras da franquia, mas como todos nós sabemos, os monstrinhos de bolso não pararam de se multiplicar até hoje. Talvez o resultado de mais de 23 milhões de cópias vendidas tenha mudado a opinião sobre encerrar a série, e isso desconsiderando a pirataria que corria solta com os emuladores e as roms se espalhando numa internet ainda bem primitiva, sem considerar ainda os cartuchos falsificados.

Dez anos depois a Nintendo voltava a faturar com a segunda geração de Pokémon com o lançamento de Heartgold e Soulsilver para Nintendo DS, que mudava totalmente o visual e ampliava o jogo ainda mais. Em 2017, os originais foram disponibilizado para 3DS na loja virtual da Nintendo.

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