Em Convenção Nacional das Assembleias de Deus Madureira, em Goiânia, presidente critica Supremo por criminalização de homofobia: 'Ao que parece, estão legislando'

O presidente Jair Bolsonaro no encontro de missionários da Assembléia de Deus de Madureira, em Goiânia. / Foto: Jorge William / O Globo

O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta sexta-feira a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal ( STF ) enquadrar a homofobia como crime de racismo e sugeriu que é o momento de o país ter um ministro da Corte declaradamente evangélico . Em encontro da Convenção Nacional das Assembleias de Deus Madureira, em Goiânia, afirmou que o STF, ao tratar do tema, “ao que parece, quer legislar”.

Já há maioria no Supremo a favor da criminalização da homofobia, mas o julgamento foi interrompido e deverá ser retomado na semana que vem. Durante a semana, Bolsonaro e o presidente do STF, Dias Toffoli, se encontraram em três oportunidades: quando anunciaram a intenção de firmar um pacto pelo “crescimento”; no lançamento da Frente da Marinha Mercante, no Clube Naval, em Brasília, e no café da manhã oferecido a deputadas.

— O Supremo Tribunal Federal agora está discutindo se homofobia pode ser tipificada como racismo. Desculpem, ministros do supremo tribunal federal, a quem eu respeito, e jamais atacaria um outro Poder. Mas, ao que parece, estão legislando. O Estado é laico, mas eu sou cristão. Como todo respeito ao Supremo Tribunal Federal, existe algum, entre os 11 ministros, evangélico, cristão assumido? Não me vem à imprensa dizer que quero misturar Justiça com religião. Será que não está na hora de termos um ministro do Supremo Tribunal Federal evangélico? – disse Bolsonaro, sendo bastante aplaudido pelos presentes.