Governador de Mato Grosso do Sul questiona a capacidade da União de garantir que esse crédito seja acessível.

Riedel quer garantia de crédito com juros compatíveis para produtores no Plano Safra
Para Riedel, o produtor no Brasil inteiro tá precisando de crédito para seguir na atividade, não só no custeio, como nos investimentos. / Foto: Arquivo/ Correio do Estado

Para atender aos produtores rurais, o governador por Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, apontou que as expectativas para o Plano Safra (que ficará vigente de julho de 2023 a junho de 2024), é a de que o produtor rural tenha acesso a crédito, com justas taxas de juros. 

'Crédito né. E a grande discussão do momento, de juros altos, é qual é a capacidade da união de garantir que esse crédito seja acessível ao produtor e valores compatíveis com atividade', comentou o governador, durante agenda na manhã de ontem (06), no Bioparque Pantanal. 

Como esclarece Eduardo Riedel, a redução dos preços das commodities, de maneira geral, impacta diretamente nas atividades dos produtores rurais. 

'O produtor no Brasil inteiro tá precisando de crédito, para poder seguir na sua atividade, não só no custeio, como nos investimentos. O juro tem que ser compatível com a atividade e esse é o desafio do Plano Safra.', pontuou Riedel.

Diversas entidades trabalham para compor o Plano Safra, entre elas os ministérios da Fazenda, da Agricultura e do Meio Ambiente, além do Banco Central, sendo que o primeiro objetivo é estimular a produção de alimentos. 

'O segundo componente é a agricultura de baixo carbono, sustentável, regenerativa. O terceiro é o estímulo da agricultura praticada por mulheres e por jovens', disse Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar no início deste mês. 

Ainda na segunda-feira (05), Carlos Fávaro, ministro da Agricultura e Pecuária, lembrou que o Plano Safra 2023/2024 será lançado nos próximos dias, totalmente ancorado na agricultura de baixa emissão de carbono.

Também, nos últimos dias de maio, Fávaro e Fernando Haddad discutiram uma proposta para aumentar a verba destinada ao Plano Safra.

'Quando olhamos para 2022 e 2023, o que compete ao Ministério da Agricultura ficou em torno de R$ 3,8 bilhões. O nosso pleito é pela equivalência do que foi 2014, pelo menos', pontuou o ministro. 

Vale ressaltar que o Plano Safra virou o centro de um novo embate, travado entre o governo Lula e a bancada ruralista, que cobra um aumento significativo para financiamento da produção. 

Liberação de R$ 3,6 bilhões
Fávaro anunciou Ontem (06) liberação de R$ 3,6 bilhões para o Plano Safra (Safrinha) e de R$ 4 bilhões em linha de financiamento em dólar para investimentos em crédito rural. 

Para a construção e ampliação de armazéns, obras de irrigação, formação e recuperação de pastagens, geração e distribuição de energia de fontes renováveis e regularização ambiental da propriedade. O anúncio foi feito durante a abertura da Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães (BA). 

'A linha dolarizada parou de ser só para investimentos em máquinas. Ela é agora uma linha de crédito para programas. Tudo aquilo que o produtor tiver necessidade, quer seja compra de calcário, a conversão de pastagens em áreas de agricultura, todos os investimentos em máquinas, armazéns. Inclusive, a construção civil dessas obras será financiada por essa linha de crédito dolarizada', explicou.