Geralmente, a violência é feita por um agressor conhecido da vítima.
O ano de 2020 foi marcado por muitos casos de mortes violentas de crianças e adolescentes, em Mato Grosso do Sul.
No total, 47 mortes de crianças e adolescentes de forma brutal foram registradas no Estado.
Um panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil, lançado na última semana, pelo UNICEF e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), traz uma análise inédita dos boletins de ocorrência das 27 unidades da Federação.
Entre 2016 e 2020, 35 mil crianças e adolescentes de 0 a 19 anos foram mortos de forma violenta no Brasil.
O resultado demonstra uma média de 7 mil mortes por ano. Além disso, de 2017 a 2020, 180 mil sofreram violência sexual, uma média de 45 mil por ano.
De acordo com o levantamento, a violência se dá de forma diferente de acordo com a idade da vítima. Crianças morrem, com frequência, em decorrência da violência doméstica, perpetrada por um agressor conhecido.
O mesmo vale para a violência sexual contra elas, cometida dentro de casa, por pessoas próximas. Já os adolescentes morrem, majoritariamente, fora de casa, vítimas da violência armada urbana e do racismo.
Segundo o estudo, a maioria das mortes violentas são de adolescentes. Das 35 mil mortes violentas de pessoas até 19 anos identificadas entre 2016 e 2020, mais de 31 mil tinham entre 15 e 19 anos.
"A violência contra a criança acontece, principalmente, em casa. A violência contra adolescentes acontece na rua, com foco em meninos negros. Embora sejam fenômenos complementares e simultâneos, é crucial entendê-los também em suas diferenças, para desenhar políticas públicas efetivas de prevenção e resposta às violências", afirma Florence Bauer, representante do UNICEF no Brasil.
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