Professores encerram greve e aulas na UFGD podem ser retomadas na segunda-feira
Professores decidiram em assembleia retornar ao trabalho na segunda-feira, dia 19. / Foto: marcos Ribeiro/ O Progresso

Professores da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) decidiram na tarde desta quarta-feira (14) em assembleia encerrar a greve e voltam ao trabalho na segunda-feira, dia 19, quando as aulas podem ser retomadas. A maior universidade do interior do estado decidiu acompanhar as demais instituições de ensino federal do país que estavam paralisadas desde o final de maio. Servidores do poder judiciário federal e Ministério Público da União em Mato Grosso do Sul também encerraram a greve.

A queda de braço dos servidores federais contra o governo Dilma por reajuste salarial e melhores condições de trabalho não avançou e diante do atual cenário econômico em que a palavra "crise" fala mais alto, os professores de pelo menos 50 universidades decidiram voltar ao trabalho.

Durante a paralisação, sindicatos e Ministério da Educação (MEC) trocaram críticas sobre falta de diálogo e intransigência. De acordo com o professor Fábio Perboni, presidente da Aduf (Associação dos Docentes da Universidade Federal), apesar da decisão de encerrar a greve, os docentes não aceitaram a proposta, e vão substituir os comandos locais de greve por comandos de mobilização, para seguir reivindicando um aumento salarial. No início da greve, o sindicato nacional dos docentes (Andes) pediu 27,3% de reajuste, chegando a reduzir para 19,7%, porém o governo ofereceu 5,5% para agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017.

De acordo com o professor Fábio, a questão não se resume apenas na questão salarial. Um grande entrave é a qualidade de ensino nas universidades. "Com o anúncio de cortes de verbas na educação estamos preocupados com o ensino e a pesquisa nas universidades", diz ele. Na sexta-feira de manhã (16), a UFGD vai discutir o calendário acadêmico, para também tratar sobre a retomada das aulas.

Em recente entrevista ao Dourados Agora, a reitora Liane Calarge disse que iria propor ao conselho universitário férias mais curtas em janeiro, de uma semana, com a proposta de encerrar o segundo semestre letivo de 2015 o quanto antes.