Júlio César Pereira de Siqueira, 26, chegou a ser socorrido pelo Samu, mas morreu a caminho do hospital; segundo funcionários, ele tinha o hábito de fazer reparos elétricos na unidade.

Preso morre ao levar choque enquanto consertava fiação elétrica dentro de presídio
Júlio César Pereira de Siqueira, de 26 anos, morreu após levar um choque em presídio de Anápolis / Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O detento Júlio César Pereira de Siqueira, de 26 anos, morreu após levar um choque enquanto consertava a fiação elétrica em um presídio de Anápolis, a 55 km de Goiânia. De acordo com funcionários da unidade prisional, o jovem chegou a ser socorrido pelo Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), mas morreu a caminho do hospital.

Em nota à TV Anhanguera, a Secretaria de Administração Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) informou à TV Anhanguera que instaurou um procedimento administrativo para apurar o que aconteceu dentro do presídio.

O caso ocorreu na tarde de terça-feira (17) no Centro de Inserção Social de Anápolis. Júlio César cumpria pena em uma ala conhecida como “Seguro”, usada para separar presos que tem problemas de convivência dos outros. Servidores do local relataram à TV Anhanguera que o detento tinha o hábito de fazer pequenos reparos elétricos dentro do presídio.

Segundo a SSPAP, o presídio tem capacidade para 270 presos, mas atualmente abriga cerca de 800 detentos. Atualmente, uma nova unidade prisional está em reforma na cidade. O local chegou a ser usado em 2016, quando houve um princípio de rebelião no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.

Conforme nota da secretaria a reforma depende de ajustes contratuais com as empresas contratadas, mas já está em andamento.

Caso de agressão
 
No último dia 9, o detento João Paulo Victor Lopes Barbosa, de 24 anos, foi morto após ser agredido por colegas no mesmo presídio. Segundo a Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap), o crime aconteceu durante o banho de sol. A vítima cumpria pena pelos crimes de ameaça e dano ao patrimônio alheio.

O presidiário chegou a ser socorrido e encaminhado a uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos. A Seap informou que também abriu uma sindicância para apurar o caso. Também foi instaurado um inquérito criminal para apurar a responsabilidade pelo homicídio.