Preso com 300 kg de maconha, homem culpa Dilma por não conseguir emprego
Momento em que três dos cinco presos descarregavam maconha de Eco Sport que era conduzida por Anderson Matias. / Foto: Divulgação/PM

Anderson Willian Matias, 26, morador em Lins (SP), um dos cinco homens presos por tráfico, domingo à tarde em Dourados, culpou a crise do país e a presidente Dilma Rousseff por entrar no mundo do crime. Em entrevista a emissoras de rádio e TV da cidade, ele disse que não consegue arrumar emprego nem para limpar quintal, por isso recorreu ao tráfico.

“Estou desempregado há mais de um ano. A situação tá tão crítica com essa Dilma no governo que a população de presidiários está aumentando e vai aumentar mais ainda porque falta serviço. Tenho seis filhos para criar, quatro com uma mulher e dois com outra, preciso pagar pensão, alimentar as crianças. Não teve outro jeito a não ser partir para esse lado”, afirmou Anderson Matias ao repórter Osvaldo Duarte, da rádio Grande FM e da TV RIT.

“Olha aí Dilma o que você está fazendo. Tá gostando, tá bonito, tá legal?”, questiona o homem, que foi autuado em flagrante por tráfico após ser preso com 317 quilos de maconha e 170 bolas de haxixe.

O grupo vinha de Caarapó e foi descoberto depois que um dos acusados pediu informação para um policial militar de folga. Desconfiado da atitude do homem, o policial acionou a Força Tática, que prendeu a quadrilha em um posto no trevo da Avenida Hayel Bon Faker com a BR-163.

Na entrevista, Anderson Matias afirma não querer se passar por vítima, pois sabe que não é “santo”, mas justifica que recorreu ao tráfico “por falta de oportunidade”.

Anderson saiu de Lins com destino a Ponta Porã. Ele disse que foi contratado para levar a droga de Caarapó até Lins e que receberia R$ 2 mil. Ele pegou um Ford Eco Sport carregado com maconha no posto em Caarapó e durante o trajeto recebeu apoio de outros dois veículos, um Gol e um Golf, também apreendidos.

Além dele, foram presos Jadenilson Gian Carlo Braguim, 40, Bruno Henrique Ribeiro de Souza, 23, e Dinei Augusto Paranhos Neto, 18.