Guerra de liminares é intensa.

Presença de Marquinhos em depoimento é opcional, decide juíza
Ex-prefeito Marquinhos Trad. / Foto: André de Abreu

Em nota, a campanha do candidato Marquinhos Trad (PSD) disse que o depoimento do ex-prefeito em inquérito de assédio sexual é opcional. Segundo a assessoria, a decisão é da juíza Eucelia Moreira Cassal.

“Assim, DEFIRO EM PARTE o pedido de liminar requerido no presente pedido de Habeas Corpus para convocar compulsoriedade de comparecimento do paciente Marcos Marcello Trad qualificado, em facultatividade, na data de 23/09/2022, as 10 horas ocorrência n. 4685/2022”, diz a decisão desta quinta-feira, às 22h52.

A defesa de Marquinhos solicitou que o depoimento seja adiado para depois do primeiro turno das eleições, visto que o candidato atende compromissos de reta final de campanha, já previamente agendados.

Mais cedo, o TopMídiaNews  divulgou que o juiz Wagner Mansur Saad, do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral), entendeu que o pedido de habeas corpus não era passível de análise na Corte, já que não tem relação direta com as eleições ou a candidatura dele. O magistrado até sugeriu que ele procurasse outro ramo da Justiça para fazer o pedido, não a Eleitoral. 

A decisão de Wagner foi registrada no sistema do Tribunal na noite desta quinta-feira (22), por volta das 19h30. Ou seja, Marquinhos teria conseguido decisão favorável três horas depois.

Primeiro agendamento

Marquinhos foi convocado para prestar esclarecimentos na quarta-feira (21). Um grupo de cerca de 30 mulheres esteve no local fazendo uma manifestação pacífica em prol da investigação do caso.

Na ocasião, a defesa de Marquinhos esteve no local e protocolou um pedido de adiamento do depoimento.

Investigação

Segundo a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), várias mulheres denunciarem supostos assédios no gabinete de Marquinhos Trad quando ele ainda era prefeito. O modus operandi seria o oferecimento de empregos em troca de liberdades sexuais com as vítimas.

Ao menos duas vítimas disseram que fizeram sexo com o prefeito e ele mesmo admitiu infidelidade no casamento. No entanto, a defesa do candidato garante se tratar de uma investigação com caráter político, apenas para prejudicá-lo nas urnas. Um funcionário da prefeitura chegou a ser preso suspeito de agenciar prostitutas, que teriam mentindo em depoimento policial.