As vítimas são convencidas a efetuar pagamentos supostamente relacionados a custas processuais ou alvarás judiciais, baseando-se em documentos falsificados com timbres e assinaturas simuladas do Poder Judiciário.

Polícias Civis de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Piauí deflagram Operação e prendem quadrilha especializada no golpe do falso advogado
/ Foto: Comunicação PCMS

A Polícia Civil de Santa Catarina, por intermédio da Delegacia de Combate a Estelionatos do Departamento de Investigações Criminais da Capital (DCE/DIC), deflagrou nesta terça-feira (11) a Operação “Alvará Fantasma”, com o apoio das Polícias Civis do Mato Grosso do Sul e do Piauí.

Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e 7 mandados de prisão temporária nas cidades de Nova Andradina, Dourados, Campo Grande e Três Lagoas, além de um mandado de prisão em Geminiano (PI).

A investigação, iniciada em junho deste ano, em Florianópolis, revelou um esquema de estelionato conhecido como “golpe do falso advogado”, no qual uma das vítimas catarinenses sofreu prejuízo de cerca de R$ 100 mil. Durante as diligências, apurou-se que a quadrilha operava a partir de Nova Andradina (MS) e já havia aplicado golpes em pelo menos outras três vítimas em Santa Catarina, gerando danos superiores a R$ 170 mil.

De acordo com o delegado Caio Bicalho, titular da Delegacia de Nova Andradina, no golpe, criminosos utilizam aplicativos de mensagens para se passar por advogados, empregando fotografias, nomes e registros reais da OAB para conferir aparência de legitimidade. As vítimas são convencidas a efetuar pagamentos supostamente relacionados a custas processuais ou alvarás judiciais, baseando-se em documentos falsificados com timbres e assinaturas simuladas do Poder Judiciário.

Durante a ação, foi apreendido o celular utilizado nas fraudes, bem como outros aparelhos pertencentes aos suspeitos, que servirão para aprofundar as investigações. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 300 mil em cada uma das 63 contas bancárias vinculadas aos investigados.

Os sete detidos responderão por fraude eletrônica e associação criminosa.