Rubens Crispim Junior foi identificado em cerca de 24 horas graças a um trabalho especializado da Polícia Civil; demais vítimas aguardam exames que podem levar meses.

Perícia identifica primeira vítima de acidente aéreo em Aquidauana por meio de impressão digital
Rubens Crispim Junior foi identificado em cerca de 24 horas graças a um trabalho especializado da Polícia Civil; demais vítimas aguardam exames que podem levar meses. / Foto: Sinpapms

Apenas uma das vítimas do trágico acidente aéreo ocorrido em Aquidauana (MS) foi oficialmente identificada até o momento. Trata-se do brasileiro Rubens Crispim Junior, cuja identidade foi confirmada através de um complexo trabalho técnico conduzido por peritos papiloscopistas da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

A identificação foi possível graças a um exame de necropapiloscopia, método científico de reconhecimento humano por meio das impressões digitais, que foi solicitado pela delegada Ana Cláudia Medina, da DRACCO/MS. O procedimento segue rigorosos padrões internacionais de Identificação de Vítimas em Desastres (DVI).

Para realizar o trabalho com a agilidade que o caso exigia, os peritos oficiais Orivaldo Gonçalves Mendonça Jr. e Gisélia Subtil se deslocaram até o Núcleo Regional de Identificação de Aquidauana. Lá, atuaram em conjunto com as peritas locais Erika Gehre e Leandra Gomes. A equipe realizou a análise tegumentar (da pele), coletou o material biológico e preparou os tecidos em soluções químicas, uma etapa crucial para recuperar as impressões digitais da vítima.

Após a coleta, o material foi encaminhado para a Capital, onde os peritos Anselmo Luiz e Paulo Lins deram continuidade ao processo, realizando a individualização papiloscópica e concluindo com sucesso a identificação de Rubens Crispim Junior.

As demais vítimas do acidente, no entanto, ainda aguardam identificação por outros métodos, como o exame de DNA. De acordo com a Coordenadoria-Geral de Perícias, o prazo regular do Instituto de Análise Laboratorial Forense (IALF) para a liberação de um exame de DNA é de cerca de três meses. Contudo, por se tratar de um caso de grande repercussão, há a expectativa de que o processo seja acelerado. A liberação dos outros corpos para as famílias só poderá ocorrer após a confirmação científica de suas identidades.

O Sindicato dos Peritos Papiloscopistas (SINPAP) reafirmou o compromisso da categoria em atuar com agilidade e excelência para dar uma resposta à sociedade e garantir um destino digno às vítimas e um alento aos seus familiares.