Filha foi mantida em cárcere pelo pai, que não deixava ela se aproximar do marido.

O pai acusado de manter a filha grávida em cárcere privado durante quatro meses na cidade de Porto Murtinho, a 454 quilômetros de Campo Grande, chegou a registrar boletim de ocorrência de desaparecimento da jovem na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), na Capital. O homem de 52 anos teria agido para que a filha não se aproximasse do marido. O caso está sendo apurado na Deam.
A filha denunciou que foi mantida por quatro meses, entre fevereiro e junho, em cárcere privado pelo pai e proibida de manter contato com outras pessoas, sendo vigiada a todo momento. Ele também a ameaçava dizendo que a filha perderia o bebê caso procurasse os familiares de seu marido. Após conseguir retornar para a Capital, em junho, a grávida passou a ser vigiada pelo pai a todo momento e então resolveu procurar a polícia nesta quinta-feira (19).
A delegada Fernanda Félix, titular da Delegacia da Mulher em Campo Grande, explicou que durante o tempo em que manteve a filha em cárcere, o pai chegou a procurar a Deam, onde registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento. Na ocasião, ele acusou o marido da filha de estar escondendo a jovem e até apontou endereços para a polícia, de locais onde, supostamente, ela poderia estar.
Os policiais da Deam diligenciaram nos endereços fornecidos, no entanto, não encontraram informações sobre a jovem, constatando que não se tratava de uma denúncia verdadeira. “Agora vamos apurar a denúncia feita pela filha e, caso confirmada, o pai será indiciado pelos crimes de cárcere privado, ameaça e injúria”, explicou Fernanda. A delegada também afirmou que a jovem pediu medida protetiva para que o pai não se aproxime.
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