A ministra do Planejamento do governo Lula e ex-senadora Simone Tebet (MDB) enfrenta um momento político delicado em Mato Grosso do Sul.
Apesar de ocupar um cargo importante na Esplanada, Tebet tem sido mantida à distância pelos principais caciques tanto do MDB quanto do PT sul-mato-grossense.
No próprio partido, o ex-governador André Puccinelli (MDB) já sinalizou desconforto com a aproximação de Tebet com o presidente Lula. Ainda em julho deste ano, o ex-governador afirmou:
“Se ela quer ser candidata ao Senado, é um direito que ela tem, mas ela se filia ao partido do Lula e sai com o Lula. Se ela quiser continuar apoiando Lula, só se for em outro partido que não o MDB.”
Puccinelli lembrou que o Partido dos Trabalhadores é um rival histórico do MDB nas disputas em Mato Grosso do Sul.
“O PT não nos tolera, o PT nos detesta”, completou.
Do outro lado, no PT, a postura é semelhante. Em tom diplomático, o deputado estadual Zeca do PT elogiou a popularidade e o potencial eleitoral de Tebet, mas afirmou que ela surpreendeu em pesquisa ao Senado em São Paulo.
“Ela figura entre as pesquisas nacionais como a mais bem avaliada, inclusive como ministra do Lula. A pesquisa feita em São Paulo surpreendeu todo mundo com o potencial dela chega a 40% entre o primeiro e o segundo voto”, destacou.
A fala indica pouco entusiasmo com um eventual retorno político de Tebet em Mato Grosso do Sul. Em entrevista ao Podcast Primeira Página, Zeca disse que chegou a sugerir que a ministra se concentrasse no Estado paulista.
“Eu falei para ela: ‘Simone, você não acha que é melhor São Paulo?’. A elite desse Estado é muito atrasada, tem enorme resistência ao seu nome, e você não pode correr risco nenhum. Mas ela respondeu: ‘Zeca, vamos aguardar a conversa com o presidente’”, relatou o deputado.
O petista ainda reforçou que vê a ministra como um bom nome para candidata a vice-presidente de Lula, o que reforça o afastamento de Tebet do cenário político local.
Com os principais líderes estaduais mantendo distância, Simone Tebet vive um período de isolamento político em Mato Grosso do Sul, onde, cada vez mais, as portas parecem se fechar para a ex-senadora.











Olá, deixe seu comentário!Logar-se!