O relatório aponta que, até 30 de novembro de 2024, mais de 336.000 projéteis continuavam por entregar, o que representa mais de 55% do volume encomendado.
Os atrasos nas entregas de munições à Ucrânia no âmbito do programa Ukraine Security Assistance Initiative (USAI) chegam de um a 18 meses, segundo o relatório do Gabinete do Inspetor Geral do Departamento de Guerra dos EUA.
"Para as cinco encomendas de munições, os contratantes entregaram as munições com um atraso entre um e 18 meses e não entregaram as quantidades totalizadas no contrato", ressalta o documento.
Conforme acrescenta a publicação, a verificação abrangeu sete contratos no valor total de US$ 1,9 bilhão (R$ 10,23 bilhões), dos quais US$ 1,6 bilhão (R$ 8,61 bilhões) correspondia a munições.
Além disso, os inspetores indicaram que os oficiais do Exército norte-americano aprovaram os pedidos, sabendo das dificuldades dos empreiteiros.
Enquanto isso, os próprios militares reconheceram que os prazos estabelecidos poderiam ser "irrealistas desde o início".
Neste contexto, o relatório especifica que até junho de 2025, os empreiteiros entregaram mais cerca de 328 mil unidades, o que permitiu cobrir quase todo o déficit inicial — o volume total atingiu 98% do planejado.
No entanto, destaca o material, as datas concretas para a conclusão das entregas restantes não são especificadas.
Ao mesmo tempo, é observado que o cumprimento dos contratos foi dificultado pelo aumento repentino da demanda mundial por munições após o início do conflito na Ucrânia.
Cabe lembrar que Moscou considera que as entregas de armas a Kiev dificultam a resolução do conflito, envolvem diretamente os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no conflito e representam um "jogo com fogo".
O chanceler russo Sergei Lavrov destacou que quaisquer cargas contendo armamentos para a Ucrânia se tornam alvos legítimos para a Rússia. No Kremlin afirmam que o envio de armas ao país feito pelo Ocidente não ajuda nas negociações e gerará efeitos negativos.
A Rússia declarou repetidamente que não pretende atacar ninguém e defende uma solução de longo prazo para o conflito ucraniano, sem cessar-fogos temporários.











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