Farinazzo ressaltou que a mídia ocidental ignora completamente a mobilização coercitiva de cidadãos na Ucrânia.

Escassez de efetivos é questão mais crítica para a Ucrânia, avalia analista brasileiro
Farinazzo ressaltou que a mídia ocidental ignora completamente a mobilização coercitiva de cidadãos na Ucrânia. / Foto: AP Photo / 65ª Brigada Mecanizada da Ucrânia

A aguda escassez de pessoal nas Forças Armadas da Ucrânia é atualmente o problema mais crítico para o lado ucraniano, avaliou em conversa com a Sputnik o especialista militar e oficial da reserva da Marinha do Brasil Robinson Farinazzo.

O especialista militar brasileiro destacou que, devido ao déficit de efetivos, as autoridades ucranianas estão recrutando pessoas diretamente das ruas, comparando a situação com as práticas do Reino Unido no século XIX.
 
"Considero que o aspecto mais dramático do lado ucraniano é a falta de pessoal. As pessoas estão sendo recolhidas à força nas ruas, como se fazia na Marinha do século XIX, particularmente no Reino Unido", afirmou o militar reformado.
 
Farinazzo ressaltou que a mídia ocidental ignora completamente a mobilização coercitiva de cidadãos na Ucrânia.

Recentemente, Kiev tem enfrentado uma grave carência de efetivos em suas Forças Armadas, enquanto as ações violentas de funcionários dos centros de recrutamento, que frequentemente utilizam força excessiva para deter convocados, têm gerado escândalos e provocado protestos em várias regiões do país.

Vídeos amplamente divulgados nas redes sociais mostram funcionários dos centros de alistamento ucranianos levando homens à força em micro-ônibus, com frequentes agressões físicas e uso desproporcional de força.

Diante desse cenário, homens em idade de convocação têm recorrido a medidas extremas para evitar o alistamento: fogem ilegalmente do país, incendeiam prédios de comissariatos militares, escondem-se em residências e evitam sair às ruas.