A Câmara dos Deputados decidiu, na noite da quarta-feira (10), suspender por seis meses o mandato do deputado Glauber Braga (PSOL).

MS tem votação apertada

 A medida, que afasta o parlamentar temporariamente sem cassar seu mandato, contou com o apoio de metade da bancada de Mato Grosso do Sul.

Dos oito deputados do Estado, quatro votaram a favor da suspensão: Camila Jara (PT), Vander Loubet (PT), Geraldo Resende (PSDB) e Dagoberto Nogueira (PSDB).

Outros três parlamentares foram contrários à punição: Beto Pereira (PSDB), Rodolfo Nogueira (PL) e Marcos Pollon (PL) — enquanto Luiz Ovando (PP) esteve ausente da votação.

Glauber
O Conselho de Ética aprovou a cassação do mandato do psolista em maio de 2025. O processo afirma que Glauber quebrou o decoro parlamentar ao expulsar da Câmara, a chutes, o militante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costenaro, em abril de 2024.

Glauber justificou que Costenaro teria ofendido sua mãe, Saudade Braga, já falecida e ex-prefeita de Nova Friburgo (RJ).

Tumulto no dia anterior
Após sete meses parado, Motta anunciou, na terça-feira (9/12), que votaria o pedido de cassação de Glauber.

Em resposta, o psolista declarou que ocuparia a mesa da Presidência da Câmara. Horas depois, foi retirado à força pela Polícia Legislativa.

Enquanto Glauber estava na cadeira, as transmissões oficiais da Câmara foram tiradas do ar, e servidores e jornalistas foram impedidos de entrar no plenário. A Polícia Legislativa também agrediu profissionais de imprensa, e Motta foi duramente criticado nas redes e por associações da área.