Durante coletiva de imprensa, delegado explicou que criminosos haviam adulterado a placa do veículo

Moto usada por trio para roubar crianças foi repasse de criminoso antes da morte em Campo Grande
Durante coletiva de imprensa, delegado explicou que criminosos haviam adulterado a placa do veículo / Foto: Roubo a crianças que aconteceu recentemente em Campo Grande

A motocicleta utilizada pelo trio de Campo Grande para cometer uma série de roubos, inclusive contra crianças a caminho da escola, havia sido repassada para outro criminoso e apreendida por uma equipe do Garras (Delegacia Especializada Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros). O trio foi identificado e indiciado nesta terça-feira (1º).

Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (02), o delegado adjunto da Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), Jackson Vale, explicou que a motocicleta utilizada nos roubos estava com a placa adulterada. “Verificamos que essa motocicleta era produto de um roubo, e eles afixaram essa placa que foi produzida. Nós estamos investigando quem está produzindo esse tipo de placa”, explicou.

O veículo foi apreendido no dia 18 de junho, durante um confronto de uma equipe do Garras com o criminoso Eryson Breno Souza Vasques, de 22 anos.

“Chegou a suspeita de que o Eryson poderia estar cometendo esses crimes, no entanto, nós aprofundamos as investigações e verificamos que ele tinha recebido essa motocicleta dois dias antes de ser morto”, contou o delegado.

Ainda conforme Jackson Vale, o fato da placa estar adulterada não atrapalhou as investigações. “Não é rotina, mas acontece. Nós já nos deparamos com situações como essa, e conseguimos chegar aos criminosos”, falou.

“Indivíduo de extrema periculosidade”
Sobre o trio responsável pela série de roubos, o delegado informou que já solicitou a prisão preventiva da mulher, de 33 anos, visto que os homens, de 39 e 38 anos, já estão presos no Presídio de Segurança Máxima, respondendo pelo crime de receptação.

Itens utilizados pelo grupo para cometer os roubos (Adriel Matos / Midiamax)
Um dos autores, conhecido como Paulista, é reincidente do sistema prisional. Ele ficou 14 anos preso em uma penitenciária do estado de São Paulo e, ao vir para Mato Grosso do Sul, foi preso em Nova Andradina transportando 300 quilos de maconha, ficando mais cinco anos recluso. “É um indivíduo que ficou mais de 20 anos preso, então, ele é de extrema periculosidade e não pode ficar na rua mais”, reforça o delegado.

Já o outro indivíduo, não tem passagens por crimes violentos. A mulher tem outras passagens pela Defurv e está foragida.

Série de crimes cometidos em junho
O trio cometeu ao menos três roubos em Campo Grande em um curto período. Conforme informações do delegado, essa é a ordem cronológica:

06/06: roubo às crianças a caminho da escola;
11/06: Paulista e comparsa roubaram uma farmácia;
12/06: roubo a uma padaria;