Menores e proprietário da casa noturna foram conduzidos a Delegacia de Polícia Civil.
Consta em boletim de ocorrência da Polícia Militar que por volta das 02:15h da madrugada do domingo (18), foi realizado pelos militares atuação de policiamento em frente a uma casa noturna de shows, localizada a Rua Franklin Ferreira Ribeiro, Centro, com inúmeras abordagens a pessoas e veículos que transitavam pelo local. Posteriormente os militares adentraram o recinto e se depararam com uma placa com a seguinte frase “PROIBIDO A ENTRADA DE MENORES DE 18 ANOS”.
Já no interior da casa noturna os militares abordaram o menor G. M. T. (16), fumando um cigarro sentado em uma mesa com inúmeras latas de cervejas, indagado sobre sua idade, o mesmo informou ser menor de 18 anos, porém não estava em posse de nenhum documento que o identificasse, e alegou aos militares que não estava ingerindo bebida alcoólica, que somente fumou e jogou uma partida de sinuca. O adolescente fora retirado do recinto e em checagem no sistema de informações da Polícia Militar SIGO, foi verificado que o mesmo possui apenas 16 anos de idade. Na sequência os militares abordaram a criança do sexo feminino K. Z. F. (14), que alegou aos policiais ter 16 anos de idade, porém em consulta ao sistema SIGO foi verificado que a mesma possuía apenas 14 anos de idade. Esta declarou ter ingerido bebida alcoólica no interior da casa de shows e estava com uma pulseira destinada a menores de 18 anos, sendo que a criança declarou que já foi vária vezes na casa de shows. A criança de 14 anos de idade estava junto a com a adolescente R. C. A. que declarou aos PMs ter 16 anos de idade, fato este que foi confirmado através do sistema SIGO.
A adolescente R. C. A. (16) estava usando pulseira destinada a menores declarou ainda que já foi outras vezes na casa de shows. Sendo que também foi abordado a jovem do sexo feminino A. B. S. C. (16) que declarou ter apenas 16 anos de idade e que ao entrar na casa de show não perguntaram a ela a sua idade lhe entregaram uma pulseira na cor vermelha, destinada a pessoas maiores de idade, sendo que a jovem declarou que adquiriu 3 fichas para ingerir bebida alcoólica e na compra não exigiram sua identidade e já foi outras vezes na casa de show e também não exigiram a sua identidade.
Por volta das 03:30h os militares entraram em contato com um dos seguranças da casa noturna, solicitando a presença do responsável pela casa noturna, e se apresentou E. B. F. como sendo o proprietário, foi imediatamente informado ao mesmo que seria apresentado na Delegacia de Polícia Civil para que fosse qualificado ao crime de venda de bebida alcoólica a menores de idade.
E. B. F. concordou com os militares e pediu um momento para ligar para sua esposa, sendo solicitado seus documentos pessoais e este informou aos PMs que iria pegar a documentação no interior da casa noturna e não mais retornou. Passados cerca de 15 minutos o mesmo segurança foi acionado novamente pelos policiais militares que foi até E. B. F. e o mesmo veio até os militares com o a aparelho celular em mãos e disse que estava falando com sua esposa e se recusou a fornecer seus documentos pessoais e novamente adentrou na casa noturna.
Em seguida os militares abordaram a criança do sexo feminino D. F. T. E. (14) que alegou aos policiais que apresentou sua identidade ao qual consta sua idade e mesmo assim o permitiram entrar e colocaram uma pulseira de cor branca em seu pulso destinada somente a maiores de 18 anos, e que ele ingeriu bebidas alcoólicas fornecidas por “uns carinhas que estavam no local” e que ainda estava na companhia de seu irmão, porém o mesmo já teria ido embora, porque trabalharia naquela manhã. Momentos seguintes foi abordado M. W. da S. P. que declarou aos policiais ter 14 anos de idade e que estava sem identidade, e através do sistema SIGO confirmou a veracidade da informação citada pela criança, sendo que a criança afirmou que não adentrou a casa noturna, mas estava na frente da casa noturna com outras pessoas e ingeriu bebida alcoólica (catuaba com açaí que uns caras que lhe deram) e afirmou aos PMs que já entrou outras vezes na casa noturna. Também foi abordado mais inúmeros adolescentes e pessoas maiores de idades na atuação da Polícia Militar.
Posteriormente o segurança da casa noturna foi novamente solicitado a chamar o proprietário E. B. F. novamente com o aviso que seria conduzido a força se não atendesse a solicitação dos militares a comparecer e acompanhar os PMs. Logo E. B. F. chegou na entrada da casa noturna e novamente foi frisado ao mesmo sobre as irregularidades constatadas na casa noturna e foi solicitado que o mesmo apresentasse seus documentos pessoais, o qual desobedeceu novamente os militares, sendo assim foi dado voz de prisão ao mesmo por “Desobediência”, informando-lhe seus direitos e orientado a seguir em direção a viatura policial, pois iria ser conduzido a Delegacia de Polícia Civil para registrar a ocorrência sobre o caso, contudo E. B. F. resistiu a ordem e teve que ser conduzido a força até o compartimento de presos da viatura policial, onde decidiu entra sem o uso de algemas. Após isso o autor E. B. F. afirmou “vocês não sabem com quem estão mexendo, vou denunciar vocês”.
Foi informado a ele pelos militares que o mesmo teria a oportunidade para atitude, mas após os tramites normais da ocorrência, mas não se contentando continuou a agredir verbalmente os policiais militares dizendo “vocês vão se f....r, pois a casa noturna é do governador do estado”.
E. B. F. foi conduzido no compartimento de presos juntamente com o seu aparelho celular, ao qual o mesmo falou com sua esposa e mais algumas pessoas enquanto era conduzido ao DP.
A pessoa de L. F. da S. filmou toda a ação da Polícia Militar na condução de E. B. F., e foi arrolado como testemunha na ocorrência e teve seu aparelho celular apreendido como prova da ação policial.
Após a ação da Polícia Militar cerca de nove menores de idade e o proprietário da Casa Noturna, foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil para que fossem tomadas as devidas providências ao caso.
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