Réus e advogados foram intimados para oitiva em 30 de junho.

Julgamento de Rodrigo por roubo de propina é marcado para o fim do mês em MS

O julgamento do filho do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), Rodrigo Souza e Silva, por roubo de propina, foi marcado para o dia 30, às 13h30, conforme despacho da juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande.

De acordo com o edital de intimação publicado no Diário de Justiça de Mato Grosso do Sul, os réus e os advogados do processo 0900460-22.2018.8.12.0001, da Ação Penal de Roubo Majorado, foram intimados para “oitiva das testemunhas arroladas na denúncia para o dia 30 de junho de 2021, às 13 horas e 30 minutos, na qual serão também colhidos os depoimentos das vítimas.”

A juíza juntou as ações que antes tramitavam separadas. Isso, para dar mais celeridade ao processo. “Porquanto se trata do mesmo fato com testemunhas comuns, apenas com um dos réus tendo sido denunciado separadamente, e visando a celeridade do feito e não repetição de atos (oitiva das mesmas testemunhas sobre os mesmos fatos em processos diversos), na qual serão colhidos os depoimentos de eventual vítima e das testemunhas de acusação".

Entenda

Presos, os envolvidos no roubo e assassinato frustrados delataram Rodrigo Souza e Silva como mandante dos crimes. A motivação, segundo investigações no âmbito da Operação Vostok, da Polícia Federal, seria porque Polaco estaria pedindo mais dinheiro para manter o silêncio sobre o que sabia do esquema de pagamento de propina ao governador Reinaldo Azambuja pela JBS. O arranjo não deu certo, porque o corretor de gado desconfiou dos planos e mandou outra pessoa receber o dinheiro em seu lugar.

Reinaldo, Rodrigo, Polaco e mais 21 pessoas estão entre os denunciados pelo MPF (Ministério Público Federal) ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia, que cita o orquestramento do roubo, aponta que o governador tucano recebeu R$ 67,7 milhões em vantagens ilícitas. Em troca, concedeu benefícios fiscais que desfalcaram os cofres estaduais em R$ 209,7 milhões.