Recado atribuído ao grupo diz que haverá transporte, água e alimentos aos manifestantes.

Facção critica Batalhão de Choque por morte de jovem e convoca protesto no Fórum
Membro de facção foi morto pelo Choque. / Foto: Divulgação BPChoque

Mensagem atribuída à cúpula de uma facção criminosa paulista, com ''escritório'' em Mato Grosso do Sul, circula em redes sociais de campo-grandenses, desde quinta-feira (9). O grupo se mostra revoltado com a morte José Martins Macedo, 19 anos, pelo Batalhão de Choque e incentiva protesto no Fórum de Campo Grande. 

O suposto recado da facção foi feito em um grupo no WhatsApp, chamado ''Manifestação''. Nele, membros da organização devem convidar pessoas próximas para protestar contra o que chamam de ''opressão dentro dos sistemas dentro do MS e fora também por esses vermes [polícia] e pelo governo responsável''. 

O protesto não tem data definida, mas pode ocorrer entre os dias 10 e 16 de janeiro, em frente ao Fórum de Campo Grande. 

O detalhe da mensagem é que a facção iria dar suporte com ônibus, alimentação e água para quem participar. 

''Pedimos apoio de todos vocês condutores dentro das suas 'regional' pra estar trazendo o máximo de pessoas para nos apoiar nessa luta que é constante'', diz trecho da mensagem via WhatsApp. 

Morte

A ocorrência da morte de José Martins Macedo, 19 anos, começou quando o Batalhão de Choque fazia rondas em Sidrolândia, na madrugada do dia 9 de dezembro. Um homem abordou a equipe e disse que um motorista de aplicativo planejava matar policiais. 

A testemunha alertou o Choque que o homem estaria fortemente armado e que trafegava em um Voyage prata. Após rondas, os policiais encontraram o suspeito, em um posto de gasolina na cidade. 

Ao BPChoque, o motorista negou querer atacar policiais, mas divulgou um endereço na Capital, onde havia farto armamento e munição. 

Os militares foram à casa indicada, no Santa Emília, e chamaram pelo morador. No entanto, ele não respondia. No momento que um PM se identificou como ''polícia'' e entrou no local, ouviu o suspeito dizer: 

"Polícia é o caralho, se entrar vai tomar", disse José de dentro do imóvel.  

Macedo atirou contra os policiais, que revidaram e o acertaram. Ele foi levado para o Hospital Regional, mas não resistiu e morreu. 

Dentro da casa, os policiais encontraram três armas, sendo uma Submetralhadora modelo ZK 383, calibre 9mm, uma Escopeta Calibre 12 e uma Pistola 9mm Modelo MC21.

Os policiais também encontraram uma pistola calibre 9mm, que foi utilizada pelo suspeito para atirar contra os policiais. No armário da cozinha, a guarnição encontrou duas caixas de munições calibre 9mm, marca PMC, totalizando 100 munições e dez cartuchos de munição calibre 12.