Mandados de busca e apreensão acabaram cumpridos na maior cidade do interior sul-mato-grossense, porém, os nomes desses negócios abertos para funcionar de forma ilícita, não foram divulgados.

Empresas de Dourados eram ‘fachadas’ em esquema de corrupção
Veículo chega à sede da Polícia Federal em Dourados nesta manhã. / Foto: Osvaldo Duarte/Dourados News

Empresas sediadas em Dourados eram usadas como ‘fachadas’ em esquema de corrupção que resultou na sexta fase da Operação Lama Asfáltica, denominada Computadores de Lama. A informação foi repassada em entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira (27/11) na superintendência da Polícia Federal, em Campo Grande. 

Mandados de busca e apreensão acabaram cumpridos na maior cidade do interior sul-mato-grossense, porém, os nomes desses negócios abertos para funcionar de forma ilícita, não foram divulgados.

Uma pessoa foi presa em flagrante, mas por posse ilegal de arma de fogo durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão. O mesmo ocorreu em Paranhos – outra cidade alvo dessas ordens judiciais.

“São empresas que podem estar sendo usadas para o recebimento de verbas [ilícitas] ou até mesmo para o encaminhamento de espécies para o exterior”, disse o delegado regional da Polícia Federal no Estado, Cléo Mazotti. 

De acordo com ele, o negócio era feito através de vários prestadores de serviços.

Ao todo, nessa nova fase da operação, dois dos quatro mandados de prisão foram cumpridos. O empresário João Roberto Baird e Antônio Celso Cortez. 

Já o ex-secretário adjunto de Fazenda no governo André Puccinelli, André Luiz Cance e Romilton Rodrigues de Oliveira, são considerados foragidos. Os mandados de busca e apreensão somam 25.

Além de Dourados e Paranhos, as ações ocorreram em Campo Grande e Jaraguari. 

Nessa nova fase da Operação Lama Asfáltica, houve bloqueio de R$ 22 milhões em bens dos alvos na ação. Já em todas as investigações, os bloqueios totalizam mais de R$ 550 milhões. 

Computadores de Lama

São cumpridos nesta terça, quatro mandados de prisão preventiva, 25 de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas. 

De acordo com nota encaminhada pela Polícia Federal, as investigações que resultaram nessa força-tarefa são foram baseadas, em especial, nas remessas clandestinas de valores para o exterior realizadas por proprietários de empresas de informática investigadas nas fases anteriores da Lama Asfáltica. 

Foram realizados análise dos materiais apreendidos, cotejados com fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas.