Considerando a proporção de inserções em relação ao total de mulheres em idade fértil, Dourados ocupa a primeira posição no Brasil.
Dourados, cidade a 250 km de Campo Grande, ocupa o 9° lugar no ranking de cidades brasileiras em número absoluto de inserções de DIUs (Dispositivos Intrauterinos), segundo aponta o levantamento do Sisab (Sistema de Informação em Saúde para Atenção Básica). Nesta pesquisa, considera-se o período de janeiro e julho de 2025.
Conforme o balanço, durante o período analisado, foram contabilizadas 516 inserções de DIU, o que corresponde a uma cobertura de 0,74% das 69.144 mulheres em idade fértil do município. Tal índice coloca a cidade à frente de capitais como Rio de Janeiro (0,52%), Brasília (0,47%) e Florianópolis (0,37%). Assim, considerando a proporção de inserções em relação ao total de mulheres em idade fértil, Dourados ocupa a primeira posição no Brasil.
De acordo com Mariana Faria, gerente da Rede Alyne – estratégia nacional do Ministério da Saúde focada em qualificar a atenção à saúde materna e infantil, 79% das inserções de DIU realizadas na Atenção Primária em Dourados foram feitas por enfermeiros.
DIU disponível nas unidades de saúde
O planejamento reprodutivo é reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) como um dos investimentos mais custo-efetivos que um país pode oferecer. Tal prática proporciona benefícios diretos para a vida das mulheres, permitindo decisões conscientes sobre maternidade, ampliando o intervalo entre gestações, reduzindo gestações não planejadas, além de impactar nas taxas de mortalidade materna e infantil.
Em Dourados, a inserção de DIU hormonal, não hormonal e o implante subdérmico de etonogestrel é disponibilizado pela Secretaria Municipal de Saúde nas 17 Unidades Básicas de Saúde e no CAM (Centro de Atendimento à Mulher). As mulheres interessadas em realizar o procedimento devem procurar a unidade de referência e agendar uma consulta com médico ou enfermeiro para avaliação.
Contraceptivo reversível, de longa duração e com alta eficácia, o DIU é recomendado como uma estratégia de prevenção de gestações não planejadas, inclusive na adolescência.
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