Governador de SP defendeu Operação Contenção e fez ataques ao governo federal em segurança pública.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), retrucou nesta quinta-feira (6) as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Operação Contenção, nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.
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“Desastre é não combater o crime organizado”, declarou Tarcísio em entrevista a um podcast. Na terça-feira (4), Lula criticou a ação policial carioca, a qual chamou de matança, para a Agência AFP.
Ao lado do Secretário de Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite (PP), o governador paulista participou do podcast Flow News, onde fez questão de pontuar as diferenças de visão para o governo federal.
Foram várias críticas e afirmações de que a administração petista tem dificuldade em lidar com segurança pública. Apesar disso, Tarcísio de Freitas, cotado como possível substituto de Jair Bolsonaro (PL) na disputa à presidência em 2026, negou a candidatura e reafirmou ser candidato a reeleição.
“Vi muita gente criticando: ‘ah, tem que asfixiar o tráfico’. Uma coisa não elimina a outra”, afirmou Derrite.
Tarcísio relembra operações polêmicas de SP
Durante a entrevista, o governador Tarcísio de Freitas citou as operações Escudo e Verão, na Baixada Paulista, alvo de críticas pela letalidade policial. O político do Republicanos afirmou que o crime organizado estava começando a dominar o território, como no Rio de Janeiro.
“Estava começando a ocorrer a lógica de domínio de território. Muitos acham que a barricada na entrada da favela é só para impedir o avanço policial ou a entrada do caveirão. Não, é para marcar que dali para dentro o território é dele”. Para o governador, a aprovação da população local a Operação Contenção é a prova de que o morador “não aguenta mais ser escravizada pelo crime.”
Guilherme Derrite foi exonerado do cargo de secretário nesta quinta-feira para reassumir o cargo de deputado federal e relatar o projeto de lei que classifica as facções criminosas como terroristas. Ele defendeu que a medida encarece o “custo do crime” e endurece a atuação.
“A segurança pública é a maior pauta suprapartidária. Tem que tirar a ideologia, tratar de forma técnica e entregar as melhores respostas”, resumiu.
O parlamentar também criticou a PEC da Segurança Pública, enviada pelo governo Lula ao Congresso. Na visão de Derrite, o texto não respeita as diferenças regionais e nem aumenta a participação financeira da União.
“Fiz críticas a PEC da Segurança Pública, pois o governo federal tem uma visão mais romântica do combate ao crime, no meu ponto de vista. Mas se tem algo de bom, é que o tema foi enviado para o Congresso e é a janela de oportunidade dos congressistas de se debruçar sobre ele e fazer um trabalho técnico.”











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