Declaração de ex ministra causa polêmica: "Sujeito não era herói, era traficante"
O post polêmico de Maria do Rosário. / Foto: Reprodução

Um post da ex-ministra da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República e atual deputada federal pelo PT Maria do Rosário causou polêmica. Em texto publicado no Twitter, ela disse não entender o motivo do interesse das pessoas no destino das cinzas do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, fuzilado na Indonésia após ser condenado por tráfico de drogas. Maria do Rosário afirma ser contra a pena de morte, mas dispara: “O sujeito não era herói, era traficante”.

Logo, a postagem começou a receber vários comentários. A maioria condenou a afirmação da ex-ministra. “Era filho de alguém, tinha amigos e não deveria ser assassinado dolosamente, merece um lugar aqui no BR”, disse uma mulher. Já outro acusou a deputada de não ser solidária com a situação de Archer: “Me admira uma ex-ministra dos direitos humanos ter tão pouca solidariedade com uma execução injusta e assustadora...”.

Marco Archer, que trabalhava como instrutor de voo livre, estava preso na Indonésia desde 2004, quando foi flagrado tentando entrar no país com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa-delta. Ele teve pedidos de clemência negados e foi executado no sábado, por um pelotão de fuzilamento. Uma tia do brasileiro, Maria de Lourdes Archer, estava na Indonésia e deve trazer as cinzas do sobrinho para o Brasil.

Logo após a morte, a presidente Dilma Rousseff divulgou nota em que disse estar “consternada e indignada” com a execução do brasileiro. A Anistia Internacional publicou nota em seu site neste domingo classificando de “retrocesso” para os direitos humanos a execução de Marco e de outras cinco pessoas: “Este é um retrocesso grave e um dia muito triste. A nova administração tomou posse prometendo fazer dos direitos humanos uma prioridade, mas a execução de seis pessoas vai na contramão desse compromisso”.