Cuidados com a saúde das crianças nas férias
/ Foto: Luis Louro

Julho é o período de férias escolares da criançada e por isso é preciso atenção redobrada. Afinal, com bastante tempo livre, os pequenos estão mais suscetíveis a acidentes domésticos. Com os devidos cuidados, até 90% dos acidentes podem ser evitados.

Os acidentes ou lesões não intencionais representam a principal causa de morte de crianças de até 14 anos no Brasil.

Além dos traumas, decorrentes de quedas, o contato com produtos de limpeza e materiais inflamáveis pode ser perigoso nos primeiro anos de vida.

Só em 2014, mais de 45 mil crianças foram internadas em decorrência de traumas, envenenamento ou queimaduras.

A principal dica é manter estas substâncias fora do alcance das crianças, principalmente os venenos, que devem ser armazenados longe de remédios e alimentos.

Medidas simples do dia a dia podem proteger a criança contra queimaduras. Ao cozinhar, por exemplo, o ideal é manter as crianças em outro cômodo sob o cuidado de outro adulto.

Dê sempre preferência às bocas da parte de trás do fogão e mantenha o cabo das panelas direcionados para o centro e não para fora.

Existe uma trava para impedir que a criança consiga abrir o gás e a porta do fogão que pode ser utilizada. Fósforos, isqueiros e álcool não devem ficar ao alcance delas.
Viagens

Em caso de viagens, é importante estar atento a alguns detalhes. Muitas crianças viajam sozinhas neste período do ano.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, em viagens nacionais, os menores de 12 anos desacompanhados precisam de autorização dos pais ou responsável legal para viajar, não importa o veículo de transporte. Já em viagem internacional, a autorização é necessária até os 18 anos.

A psicóloga Josie Oliveira, pela primeira vez, está vivendo a experiência de ter o filho viajando sozinho. Rafael, de 14 anos, foi para a Espanha em uma viagem escolar. “Eu o orientei bastante antes da viagem e nos falamos todos os dias pela internet.

A Espanha especificamente não exige vacinas especiais, mas como viajamos outras vezes, ele está sempre com a vacinação em dia”, conta.Josie acompanhada da família Foto: Arquivo PessoalJosie acompanhada da família Foto: Arquivo Pessoal

Como algumas regiões exigem vacinas específicas, a carteira de vacinação deve ser atualizada antes do inicio das férias.

É importante lembrar que para atingir a proteção necessária, cada vacina tem um período que pode variar entre dez dias e seis semanas. Por isso, é importante que a carteira de vacinação seja verificada com antecedência.

A experiência de Rafael está sendo positiva, mas é claro que a mãe tem suas preocupações. “Não dá para controlar tudo que ele faz, mas tenho notado que ele está inclusive, provando alimentos novos, coisa que ele não faz em casa”, disse Josie.

Antes da viagem, o pai, mãe ou responsável legal deve comparecer ao fórum da Infância e Juventude da região, portando RG, CPF e comprovante de residência, além do documento do menor para redigir a autorização.

É aconselhável ir com antecedência, pois cada local um tem um prazo para a entrega do documento. É preciso conferir também se a empresa que fará o transporte exige outro documento específico.

Menores de 12 anos não precisam de autorização para viajar com parentes de até terceiro grau, como avós, bisavós, irmãos, tios ou sobrinhos maiores de 18 anos.

O menor precisa estar com um documento como RG ou certidão de nascimento. E o acompanhante deve portar documento original com foto que comprove o parentesco.

Adolescentes, de 12 a 18 anos, podem viajar sozinhos em território nacional, apresentando apenas a carteira de identidade.