Conheça os diferentes tipos de partos e suas vantagens e desvantagens
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A gestação é um período muito especial para as mulheres, mas pensar no momento do parto costuma ser motivo de ansiedade para a maior parte delas. Para você ficar por dentro do tema, conheça os principais tipos e as diferenças entre eles.

Não existe um tipo ideal de parto, embora os profissionais considerem o normal o mais indicado, já que oferece um ambiente seguro e de fácil recuperação para a mãe e o bebê. “Para que a decisão seja adequada a gestante deve acompanhar o desemvolvimento do bebê por meio dos exames pré-natais dando ao obstetra as condições necessárias para avaliar a saúde do feto”, explica o obstetra e especialista em medicina fetal  Jurandir Passos, do Delboni Auriemo.

PARTO NORMAL

Ocorre preferencialmente entre a 38ª e 40ª semana de gestação, sendo que é possível aguardar até 42 semanas, desde que se realizem controles do bem estar do bebê. “As contrações alertam a mãe sobre o começo do trabalho de parto.  Quando ocorrerm a cada cinco minutos, significa que o corpo está pronto para o nascimento. Para que o processo se inicie, é preciso que a dilatação esteja em, aproximadamente, dez centímetros. Quando isso acontece, o útero começa a empurrar o bebê e a mãe deve ajudar fazendo força até a cabeça aparecer. Após o nascimento, novas contrações expulsam a placenta”, revela.

O parto normal  é indicado para as mamães que não apresentam complicações, já que o organismo se prepara naturalmente para o nascimento. Entre os benefícios estão os hormônios produzidos durante o trabalho de parto, que ajudam a acelerar a produção do leite. “Não apresenta também riscos ao bebê ou à mãe e beneficia o corpo para novas gestações. Além disso, a recuperação da paciente é muito rápida e menos dolorosa”, completa.

A principal desvantagem do parto normal é não existir garantia de que ele é possível, mesmo quando a gestação foi saudável: “É preciso esperar o corpo reagir . Se o corte cirúrgico no períneo for necessário para facilitar a passagem, é preciso ter cuidado durante a cicatrização”.

PARTO CESÁREA

A cesariana é um procedimento cirúrgico realizado por uma incisão no abdômen e na parte inferior do útero para retirar o bebê, com o auxílio da anestesia: “Logo após o nascimento  o bebe é avaliado por um pediatra e a mãe é levada para a sala dr recuperação”. Ele é  indicado quando existe impedimento para o parto normal ou risco de hemorragia, descolamento da placenta ou problemas de coluna, quadril, cardiopatia e diabetes gestacional.  “Às vezes, mesmo induzindo o parto normal, se não houver dilatação, pode haver riscos à mãe e ao bebê, sendo necessária a cesárea”, diz o ginecologista. 

AS DESVANTAGENS? O risco de infecção, hemorragia, complicações anestésicas e acidentes cirúrgicos: “A cicatrização pode ser problemática, pois se cria um sinal no útero, que é uma região frágil e a recuperação requer cuidados”.

OUTROS MÉTODOS

O ginecologista explica outros métodos menos conhecidos de parto.

NATURAL: nesse parto a dor é diminuída por meio de banhos quentes, massagens, caminhadas e exercícios com bola. Não há intervenções para romper artificialmente a bolsa e nenhuma incisão é feita. Ainda assim, é preciso acompanhamento para que o médico tenha um panorama da evolução da criança, se está adequado ou não, possibilitando qualquer procedimento de emergência. 

LEBOYER: procedimento no qual as luzes ficam apagadas e, assim que o bebê nasce, é colocado em cima da barriga da mãe, sem o corte imediato do cordão umbilical. Após o corte do cordão umbilical o pai dá o primeiro banho ao lado da mesa de parto. Esse parto preconiza retirar o bebê da barriga e colocá-lo num ambiente parecido com o útero, com baixa luminosidade e água quente.

NA ÁGUA: numa banheira esterilizada e com água aquecida, a mãe dá à luz. Nos primeiros momentos, a criança ainda respira pelo cordão umbilical, por isso não há risco de afogamento. Nele, a mulher sente menos o cansaço do trabalho de parto, mas é contraindicado para gestantes com pré-eclâmpsia. 

DE CÓCORAS: com a ajuda da gravidade, a tendência é que seja realizado mais rapidamente, porém só é indicado para mulheres que não apresentam problemas de pressão arterial e se o bebê estiver na posição certa para nascer. 

DOMICILIAR: precisa de suporte médico e estrutura, pois existem complicações que podem ocorrer até mesmo com uma gravidez considerada normal e saudável, como crises hipertensivas no momento do parto e hemorragia.