
Pesquisadores na Universidade da Califórnia, Estados Unidos, estão utilizando computação com aceleração de GPU para entender como a mutação celular causa o câncer.
A cientista Rommie Amaro, professora-associada na citada universidade, está usando computadores de alta performance para pesquisar como a tecnologia pode interromper o processo de mutação. As informações são do blog da Nvdia, cuja Fundação NVIDIA Iniciative Cure investiu recentemente 200 mil dólares no projeto.
A pesquisa está focada em descobrir uma droga anti-câncer usando dinâmica molecular avançada e simulação impulsionadas por GPUs.
Durante a conferência GPU Technology Conference, realizada em San Jose, Califórnia, na semana passada, Rommie defende que enormes ganhos em computação estão possibilitando um novo cenário para a descoberta de novos medicamentos.
Recente trabalhos envolvendo simulação computacional foram usados para capturar as várias formas de um supressor de um tumor, a proteína chamada p53.
Sabe-se que ela é guardião do genoma, já que é a chave reguladora do crescimento da célula.
Em sua forma saudável, a p53 ajuda com o reparo de células ou desencadeia a morte delas caso o dano esteja muito comprometido. O que significa que quando a proteína não funciona de forma correta ou sofre mutações, isso permite que células cancerosas cresçam.
O projeto da Universidade da Califórnia utiliza simulações computacionais que captam não apenas como essas proteínas são construídas, mas como elas funcionam dentro do organismo.
As simulações rodadas em computação com aceleração de GPU revelam um novo ponto de ligação que pode ajudar pesquisadores a criar novas drogas para ajudar a reativar a proteína quando ela sofre mutação e não faz o trabalho.
A abordagem computacional levou a descoberta da reativação da p53 em apenas seis meses, comparado com todos os esforços em pequisa dos últimos 20 anos.
A ideia é que o trabalho também possa envolver cientistas de outros centros de pesquisa, tendo em vista que os computadores possam ser compartilhados. O método poderia acelerar pesquisas e, consequentemente, a descoberta de novos medicamentos que possam combater o câncer.
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