Dupla foi identificada pela Polícia Civil e responde processo criminal.

Com conta bancária ‘alugada’, casal vendeu por R$ 55 mil lote que não lhe pertencia

Uma mulher de 34 anos e um homem de 36 anos respondem a processo criminal de estelionato por terem vendido um terreno que não lhes pertencia, pelo valor de R$ 55 mil, em Campo Grande. Eles chegaram a ‘alugar’ a conta bancária um do outro, por R$ 1.500 por saque, para receberem o valor obtido pelo golpe. No próximo dia 16 de junho será realizada a audiência do caso.

Consta nos autos do processo que em outubro de 2014, um indivíduo que se identificava como filho do proprietário, anunciava um terreno localizado no Loteamento Marajoara, região do Jardim Centro-Oeste. Um comprador se interessou e acionou um corretor que alegou que no momento, o imóvel não estava disponível, pois outra pessoa já havia iniciado a negociação.

No entanto, dias depois, o mesmo corretor teria entrado em contato com o comprador, alegando que a negociação não tinha dado certo e que os proprietários do imóvel estariam na cidade para fechar negócio caso ainda houvesse interesse. A vítima foi para o cartório, onde se encontrou com um casal que se passava pelos verdadeiros proprietários, bem como um terceiro indivíduo que seria o sobrinho deles.

Como o comprador já havia visitado o lote, ele pagou R$ 7,5 mil diretamente ao corretor e depositou o restante do valor na conta corrente de uma mulher. Porém, já em fevereiro de 2015, ao comparecer ao cartório para regularizar a situação do terreno, tomou conhecimento que o lote já havia sido vendido para outra pessoa. Ao fazer uma consulta, viu que os verdadeiros donos tinham vendido o terreno de forma legal, para outra pessoa.

Diante dos fatos, o caso foi denunciado à Polícia Civil que conseguiu, por meio da conta bancária, identificar dois dos envolvidos, sendo o homem e a mulher, que acabaram denunciados. A mulher seria a responsável por articular o esquema e o homem dava suporte e transferia o dinheiro para a conta bancária dela, pelo valor de R$ 1.500 por cada saque ou transferência, como uma forma de aluguel. Os demais envolvidos são investigados.