Empregada caiu de única janela sem tela do apartamento, que fica no quarto dos patrões

Cena da queda ‘não é conclusiva’ e perícia será crucial, diz delegado

Uma escada, entre a cama da suíte e a janela, alguns frascos com produtos de limpeza e duas flanelas. Foi esta a cena que a perícia encontrou na suíte do apartamento do 13º andar, de onde a empregada doméstica Izabeth Cândido da Hora Ajala, 48 anos, caiu na manhã desta sexta-feira (8) e morreu.

Duas situações intrigaram o delegado Camilo Kettenhuber Cavalheiro, plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, que fez o registro da ocorrência: os panos encontrados no local não tinham nem cheiro dos produtos de limpeza, o que indica que não haviam sido usados e o quarto é o único do apartamento que tem janela sem tela de proteção.

“A cena não é conclusiva”, ressaltou o delegado ressaltando que o trabalho da perícia será crucial para determinar o que aconteceu.

As imagens das câmeras de segurança do térreo mostram que a funcionária caiu de cabeça no chão. Mas, também não é possível saber como foi o início da queda. “O corpo pode ter girado, por causa da altura”.

O delegado também já fez contato com uma testemunha da queda e com o filho da vítima. Os depoimentos ainda serão coletados.

A testemunha poderá dar mais informações sobre a circunstâncias da queda, para que a polícia chegue a conclusão se foi acidente ou não. Já os parentes de Izabeth poderão revelar como estava o estado emocional da vítima, uma vez que um dos patrões teria dito ao Corpo de Bombeiros que ela enfrentava quadro de depressão.

Na hora da queda, a filha do casal proprietário do apartamento estava no local. Ele disse que estava em um dos quartos e não presenciou nada.

Os moradores da casa também disseram que Izabeth trabalhava todos os dias, mas não era comum que ela fizesse aquele tipo de limpeza na casa às sextas-feiras.

A investigação ficará a cargo da 1ª DP (Delegacia de Polícia) e o caso foi registrado como morte a esclarecer.

Acidente – Tudo aconteceu por volta das 10h, no condomínio Solar Van Gogh, que fica na Rua Antônio Maria Coelho com a Bahia, no centro de Campo Grande.

Abalado com a situação, o dono da casa passou mal e teve que ser socorrido pela equipe dos bombeiros. O corpo da vítima caiu na lateral do prédio, próximo a entrada da garagem.
Parte da rua onde fica o condomínio foi interditada.