MS também já registrou 59 casos suspeitos de Chikungunya e duas cidades concentram os casos prováveis.

Casos suspeitos de Zika nos primeiros meses do ano já são metade dos registrados em 2021
MS também já registrou 59 casos suspeitos de Chikungunya e duas cidades concentram os casos prováveis. / Foto: Reprodução

Enquanto os moradores se preocupam com as doenças de síndrome respiratória, como a Covid e a H2N3, outra doença permanece 'nos bastidores' e, distante dos holofotes, ainda é um risco para as pessoas. O Zika vírus e a Chikungunya ainda registram casos suspeitos em Mato Grosso do Sul e há cidades que concentram o maior número de casos suspeitos. 

Conforme o boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), em 2021, Mato Grosso do Sul registrou 52 casos prováveis da Zika, sendo o maior pico em 2016, quando foram 1.825 casos. Em 2022, em pouco mais de dois meses, já são 24 casos suspeitos. Ou seja, 46% do total de casos do ano anterior. 

Todos os 24 casos suspeitos foram registrados na cidade de Chapadão do Sul, a 310 km de Campo Grande. Com isso a incidência em MS é de 0,9 para uma população de mais de 2,8 milhões de habitantes. 

Os casos são confirmados da seguinte maneira: Os primeiros casos de determinada área devem ser confirmados por exames laboratoriais validados. No LACEN os exames realizados para confirmação de Zika são a RT-PCR em tempo real e detecção de anticorpo IgM. O boletim detalha que ainda não foram registrados nenhum caso confirmado do vírus em MS.

Chikungunya 

O último boletim epidemiológico da SES para a doença, detalha que já são 59 casos suspeitos no Estado nos primeiros meses de 2022. O número pode não estar tão distante do registrado em 2021, quando foram 181 casos, 32%. 

Diferente dos casos de Zika, concentrados em apenas uma cidade, os casos de Chikungunya estão espalhados em mais cidade. A cidade com mais registros de casos prováveis são Cassilândia, com 20 casos, e novamente Chapadão do Sul, com 15.

Em seguida aparecem Nioaque (8 casos), Deodápolis (6), Campo Grande e Corumbá com 2 casos, e Santa Rita do Pardo, Angélica, Ivinhema, Caarapó, Aquidauana e Três Lagoas com um caso cada. Com isso, a incidência da doença em MS está em 2,1, considerado baixo. 

A faixa-etária que apresentou mais casos suspeitos foi em pessoas com idades entre 20 e 29 anos (42,5% dos casos prováveis). Em seguida aparecem as pessoas com idades entre 30 e 39 anos, representando 40% do total dos registros suspeitos. 

Ao contrário da Zika, a Chikungunya tem casos confirmados pelo laboratório em MS. No total, são quatro casos sendo em Aquidauana, Chapadão do Sul, Cassilândia e Três Lagoas, com um caso em cada cidade.