Espécie invasora é difícil de controlar e se espalhou pelo Brasil.

Caracol indiano que pode transmitir meningite é achado em MS e 11 estados
Caracol invasor pode trazer doenças graves. / Foto: Arquivo pessoal/Marcos R. Bornschein

Caracol Indiano, da espécie Macrochlamys, apareceu em Mato Grosso do Sul e gerou alerta em pesquisadores paulistas. Isso, porquê é possível que esses seres sejam vetores de um verme que causa meningite em animais e humanos. 

Segundo o G1, pesquisadores da Universidade Estadual Paulista informaram que, até novembro deste ano, só havia registro em dois estados brasileiros (SP e PR). Agora, são 11, incluindo MS. 

A espécie de caracol pode ter vindo da Índia, por meio de plantas e floricultura. Além da possibilidade de transmitir angiostrongilíase e meningite eosinofilica, os seres são nocivos para hortas, plantas e à agricultura. 

Quem explicou sobre a presença dos caracóis foi a coordenadora da pesquisa e mestre em Biodiversidade, Larissa Teixeira, 25 anos. 

Teixeira detalhou que após a divulgação da aparição dessa espécie no Brasil, pessoas de diversos estados passaram a enviar registros fotográficos. 

‘’Inicialmente pensávamos que a invasão era apenas localizada no sul e no sudeste, mas estes novos registros nos deram uma boa dimensão do quão grave é a invasão’’, explicou Larissa ao G1. 

Como é 

O caracol indiano é do tamanho de uma moeda de um real. Ele tem hábitos noturnos e se diferencia das demais por ter a concha achatada e um chifre no final do pé. 

Sobre a possibilidade de transmissão de doenças, Larissa Teixeira comentou. 

'Recebemos relatos deste animal em contato com fezes de animais domésticos e associado a tubulações. Por isso, pode ser um potencial vetor do verme causador da angiostrongilíase e meningite eosinofilica. Especialistas na doença confirmaram a alta possibilidade', disse a estudiosa. 

Larissa acrescenta que há estudo em andamento para saber como fazer a contenção desses seres, já que eles são resistentes a boa parte dos métodos comuns. 

‘’Estamos estudando algo que não faça mal ao solo, jardins e fauna nativa, e que seja de fácil execução', conclui Teixeira.