Com o verão chegando, a preocupação com a boa forma aumenta. É nesta época que as pessoas correm atrás do tempo perdido para esculpir o corpo em academias e encarar, sem culpa, a estação mais quente do ano.

Mas os chamados “atletas de verão” devem redobrar a atenção para que o esforço em um curto tempo não se transforme em sérios problemas. O cardiologista Pablo Marino, do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), alerta sobre os riscos.

“Em alguns casos, principalmente quando o indivíduo apresenta uma doença cardíaca ainda não diagnosticada, o exercício pode desencadear eventos indesejáveis, incluindo a morte”, ressalta o médico.

A avaliação médica inicial é muito importante antes do início da prática regular de exercícios e pode ajudar na segurança e orientar o treinamento do avaliado. Hoje, grande parte das academias exige essa avaliação.

Um método que pode ser proposto nessa consulta inicial é o teste ergométrico, que é capaz de medir a capacidade funcional, a condição física ou atlética, o comportamento da frequência cardíaca, o aparecimento de arritmias, oscilações da pressão arterial e o aparecimento de sintomas que não ocorrem em repouso, como cansaço exagerado, falta de ar, dor no peito, tonteiras e desmaios.

A principal causa de morte súbita durante as atividades físicas está relacionada a problemas do coração, que podem ser identificados em grande parte das vezes em uma avaliação preliminar.

Pessoas portadoras de diabetes, hipertensão arterial, fumantes, com colesterol alto (LDL), estressadas e com histórico familiar de doença coronária, possuem maior probabilidade de apresentar doença coronária e, consequentemente, estão sujeitas a maior risco de complicações durante a prática de exercícios.

Bem orientada, a malhação só traz melhorias à saúde. O INC conta com pesquisas que confirmam os diversos benefícios da atividade física também para os pacientes com problemas cardíacos.

O hospital, inclusive, tem uma espécie de academia onde estes pacientes realizam exercícios físicos, em ambiente seguro e supervisionado por médicos e equipe especializada.

Esse espaço funciona no Serviço de Reabilitação Cardíaca do INC e é disponibilizado a todos os pacientes, bastando que sejam encaminhados pelos seus médicos assistentes.

O serviço funciona diariamente e há oito anos dá suporte aos pacientes do hospital.