Encontro nesta quarta-feira reuniu titulares da Segurança do Estado e de Campo Grande.

Após prisão, secretários tentam apaziguar rixa entre polícias
Prefeito Marquinhos Trad (no meio), com o secretário de Segurança de MS, Antônio Carlos Videira, à direita. / Foto: Divulgação/PMCG

Depois de confusão envolvendo Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e Polícia Municipal de Campo Grande, os secretários de Segurança do Estado, Antônio Carlos Videira e de Campo Grande, Valério Azambuja, se reuniram com o prefeito Marquinhos Trad (PSD), nesta quarta-feira (dia 6).

Segundo o titular da pasta estadual, Antônio Carlos Videira, entre “outros assuntos em comum sobre segurança pública”, a intenção do encontro foi também “restabelecer o clima de harmonia e integração” entre as duas corporações.

O encontro ocorreu depois da prisão de um policial municipal e a alegação de perseguição sofrida por parte da Polícia Militar. “Os fatos que aconteceram foram isolados e estão sendo apurados por ambas corregedorias. Mas não podem, de forma alguma, abalar o relacionamento das duas instituições, que são muito importantes”.

Entre outras autoridades, participaram do encontro o comandante-geral da PM (Polícia Militar), Waldir Acosta, “e outros oficiais”, segundo secretário de segurança de MS.

Caso – Durante coletiva na segunda, o secretário municipal de Segurança, Valério Azambuja, afirmou que na noite de sexta-feira (1º) os policiais municipais teriam localizado duas bicicletas abandonadas no bairro Estrela do Sul e levado à base da Polícia Municipal, no mesmo bairro. ''Como a delegacia responsável por furtos estava fechada porque era fim de semana, as bicicletas foram guardadas na base da guarda e seriam entregues na Derf (Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos) hoje", explicou.

Porém, no domingo (3), um coronel da Polícia Militar, pai do dono de uma das bicicletas, que teria sido furtada no Parque dos Poderes, foi armado à base da Polícia Municipal e deu ordem de prisão ao policial do município.

Conforme Valério, a 'rixa' entre as duas instituições teria começado após a mudança do nome Guarda Municipal para Polícia Municipal e que as duas instituições deveriam dar apoio uma a outra.

''Ele não aceita a mudança da nomenclatura. O novo termo não muda nada. A guarda continua fazendo o que sempre fez. As polícias deveriam trabalhar em conjunto e não ficar atacando uma a outra. Devemos unir forças para dar respostas à sociedade", defendeu na ocasião. A reportagem não conseguiu falar com Azambuja nesta quarta-feira.

Parcerias – Os dois governos também discutiram parcerias na segurança pública. Da parte da Prefeitura de Campo Grande, há o pleito para cessão de áreas públicas para Polícia Militar. Da parte do Executivo estadual, já existe processo pronto para doação de 100 armas calibre 38.

Faltava, ainda, gravar no armamento que trata-se de doação à Polícia Municipal. Agora, para concretizar a doação, as corporações estão “acertando os últimos detalhes”. Também há, por parte do Estado, ações para entregar à antiga Guarda Municipal viaturas e motocicletas, não mais utilizadas pela PM.

“Nós temos, ainda, 100 armas para doar para Guarda Municipal de Corumbá e viaturas, coletes, para Ponta Porã”, citou como exemplos o secretário. A doação se deve porque as corporações do Estado receberam mais armamentos, por meio do programa MS Mais Seguro. "As armas estão boas e sobrando. Não temo porque destruir ou dar outro destino [por isso a doação].

Em Campo Grande, parte dos policiais municipais tem porte de arma, pois passaram por cursos que seriam aplicados de forma progressiva, de forma a atender toda a corporação.