Antes de desembarcar em solo brasileiro, no entanto, o presidente fará escalas em Seattle e Miami, nos Estados Unidos.

Após participar do G20 no Japão, Bolsonaro embarca de volta ao Brasil

O presidente Jair Bolsonaro embarcou neste sábado, dia 29 de junho, em Osaka, no Japão, com destino ao Brasil. Ele partiu do Aeroporto Internacional de Kansai por volta das 6 horas e deve desembarcar na Base Aérea de Brasília no fim da manhã deste domingo (30).

Antes de desembarcar em solo brasileiro, no entanto, o presidente fará escalas em Seattle e Miami, nos Estados Unidos.

Bolsonaro viajou ao Japão para participar da reunião da cúpula do G20, que reúne as 20 maiores economias do mundo.

No país asiático, o presidente se reuniu com líderes de vários países, entre os quais Donald Trump, presidente dos EUA; Emmanuel Macron; da França; e Angela Merkel, primeira-ministra alemã.

No encontro com Trump, Bolsonaro discutiu a possibilidade de mais sanções econômicas tanto para Venezuela como para Cuba. O presidente do Brasil apoia a "desidratação" econômica de parceiros da Venezuela.

Em entrevista a jornalistas nesta sexta-feira (28), Bolsonaro foi questionado se é favorável à imposição de sanções a países aliados à Venezuela, caso de Cuba.

O presidente, então, disse que precisaria conversar com os ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, além de ouvir o Conselho de Defesa sobre o assunto, mas afirmou defender embargos.

No encontro com Macron, Bolsonaro sinalizou que o Brasil vai continuar no Acordo do Clima de Paris. A posição do presidente brasileiro reforça o compromisso sobre o tema firmado mais pelos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Antes disso, na quinta-feira (27), Macron havia dito que não assinaria nenhum acordo comercial com o Brasil se Bolsonaro se retirasse do acordo climático de Paris.

Sobre a conversa com Merkel, Bolsonaro disse ter falado com a alemã sobre a “psicose ambientalista” que, na avaliação do presidente, existe em relação à forma como o Brasil trata das questões ambientais. Psicopata ambientalista, segundo o presidente brasileiro, é aquela pessoa que acha que o meio ambiente está “acima de tudo”.

'Efeito dominó'

Bolsonaro também comentou o acordo do Mercosul com a União Europeia anunciado nesta sexta-feira. Na avaliação do presidente, esse acordo vai gerar um "efeito dominó" possibilitando ao Brasil a fechar novas parcerias comerciais.

"Com toda a certeza, outros países terão interesse em negociar conosco", projetou Bolsonaro.

'Pena que não foi na Indonésia'

Também nesta sexta, na coletiva de imprensa, o presidente brasileiro afirmou ser uma "pena" que o sargento Manoel Silva Rodrigues tenha sido preso na Espanha, e não na Indonésia.

Na última terça (25), o sargento da Força Aérea Brasileira foi preso no aeroporto de Sevilha com 39 quilos de cocaína. Rodrigues atua como comissário de bordo numa aeronave que, segundo a TV Globo apurou, faz a rota presidencial antes do avião do presidente da República.

Em janeiro de 2015, o brasileiro Marco Archer foi executado na Indonésia após ter sido condenado à morte por tráfico de drogas. Em 2004, ele havia sido preso ao tentar entrar no país com 13 quilos de cocaína.

Ministro do Turismo

Jair Bolsonaro disse ainda que quando chegar ao Brasil vai se reunir com o ministro da Justiça, Sergio Moro, para tratar da situação do ministro do Turismo, Marcelo Alvaro Antonio.

Nesta semana, um assessor especial do ministro foi preso pela Polícia Federal em uma operação que apura supostas candidaturas laranjas do PSL. Integrantes da legenda são suspeitos de indicar falsas candidatas às eleições para desviar recursos.

Bolsonaro disse que, até o momento, não há nada contra o ministro, mas, "providências" serão tomadas se houver algo "robusto".

Questionado sobre a permanência de Marcelo Álvaro Antônio no governo, Bolsonaro disse que "até segunda-feira (1º), os 22 são ministros".

Agenda

Na próxima segunda-feira (1º), Bolsonaro tem reuniões previstas com Jorge de Oliveira, ministro da Secretaria-Geral da Presidência; André Luiz de Almeida, advogado-geral da União; e com os ministros Paulo Guedes (Economia) e Abraham Weintraub (Educação).

O presidente da República já afirmou esperar que a comissão especial da Câmara que analisa a reforma da Previdência vote, na semana que inicia neste domingo, o relatório de Samuel Moreira (PSDB-SP) favorável a mudanças nas regras de aposentadoria.