Detida pela PM na festa em dezembro do ano passado, juíza plantonista avaliou na ocasião que não houve infração e manteve o benefício. Nova decisão, da juíza do caso, atende pedido do MP e sobrepõe o despacho anterior.

Após flagrante em festa, Suzane Richthofen é punida e perde direito às saídas temporárias
Suzane Richthofen foi detida pela PM em dezembro ao ser flagrada em festa de casamento em Taubaté / Foto: Arquivo pessoal

Após flagrante em festa durante a saída temporária de Natal, a Vara de Execuções Criminais (VEC) de Taubaté suspendeu o direito ao benefício para a detenta Suzane von Richthofen. A punição tem validade para as três próximas 'saidinhas' - Páscoa, Dia das Mães e Dia dos Pais. Condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, Suzane cumpre pena na penitenciária de Tremembé (SP).

A medida sobrepõe a decisão anterior, da juíza plantonista, Sueli Zeraik. Na ocasião da infração, em dezembro de 2018, ela entendeu que não havia irregularidade e manteve autorizada a saída de fim de ano da presa. A detenção havia sido feita pela PM.

A nova decisão, da juíza do caso, Wania Regina da Cunha, foi assinada na última semana e foi baseada em um pedido do Ministério Público.
Para a magistrada, houve descumprimento da regra na saída de Natal. Isso porque Suzane estava na festa de casamento, em Taubaté, ao invés de seguir para o endereço indicado à Justiça - que é a casa da família do namorado, em Angatuba (SP).

Também foi considerado como agravante, o fato de Suzane já ter informado endereço falso na saída de Dia das Mães em 2016. Na época, como punição, ela ficou na cela solitária por 10 dias e respondeu a processo administrativo.

Condição
 
Com a perda das três próximas saídas temporárias, Suzane só deve voltar a sair da prisão no Dia das Crianças. A retomada do benefício é condicionada ao bom comportamento dela no sistema prisional.

Por nota, a Defensoria Pública, responsável pela defesa de Suzane, informou que o processo tramita em segredo de justiça e não tem autorização para passar informações.

A Secretaria de Administração Prisional (SAP) foi procurada para comentar o assunto e o G1 aguarda o retorno.

O Ministério Público, autor do pedido que resultou na perda do benefício, foi procurado e disse que não vai se manifestar porque o processo de Suzane tramita em segredo de Justiça.