Adolescente teria sido impedido de participar de festividades na unidade de ensino.

Aluno diz sofrer humilhações na escola e mãe cobra respostas da Semed
Mãe chegou a pensar, inicialmente, que o próprio filho era culpado / Berlim Caldeirão

A mãe de um adolescente que estuda na rede municipal de ensino de Campo Grande relata que o filho vem sofrendo uma série de perseguições por parte de uma professora que, além de registrar anotações inverídicas no livro de ocorrências, ainda o xingaria e humilharia perante os colegas.

Inicialmente, ao ouvir as queixas do filho, a mãe chegou a pedir que ele relevasse a suposta perseguição. Contudo, a situação teria se agravado a ponto de, em determinado momento, o adolescente responder à professora e, por esse motivo, ser encaminhado à diretoria.

Em seguida, ainda conforme o relato materno, a professora teria enviado um "recado" ao estudante, por meio de um colega de sala, para que ele “falasse tudo o que ele tinha para falar”, o que a mãe entendeu como uma provocação.

Diante disso, o adolescente afirmou que teria “muita coisa a dizer” à docente, pois estaria "cheio" dela, e acabou por xingá-la.

O diretor da escola teria presenciado o episódio e, por consequência, aplicado suspensão ao aluno, justamente no período em que ocorreria o evento do "cabelo maluco", para o qual o menino havia se preparado com antecedência.

A mãe tentou que o diretor autorizasse a participação do filho no evento, mas o pedido foi negado.

Humilhação

A mãe relata, ainda, que o filho era chamado pela professora de "burro", "lixo" e outras ofensas. Segundo ela, a docente também o obrigava a recolher o lixo que os colegas jogavam no chão da sala. Essa situação teria perdurado até que outra professora presenciasse os abusos e decidisse intervir em favor do menor, relatando que as acusações da docente não eram verdadeiras e que havia perseguição ao aluno.

A mãe afirmou ao TopMídiaNews que, a partir desse episódio, passou a compreender o que o filho enfrentava no ambiente escolar e, ao contrário do que imaginava, percebeu que o problema não era o comportamento dele. Ela conta que ficou ainda mais entristecida por ter punido o filho em casa, acreditando tratar-se de conduta inadequada ou culpa do adolescente.

Providências

A mãe relata que, ao comparecer à escola para tentar resolver o problema, notou uma anotação no caderno de ocorrências do filho. Estranhando o conteúdo, puxou o caderno para analisar as informações e verificou que a professora afirmava que ele não era participativo nas aulas e não havia realizado tarefas em determinada data.

Ocorre que, segundo a genitora, nessa mesma data o adolescente estava suspenso por três dias. Ela entendeu que se tratava de tentativa de imputar ao filho uma falta que ele não teria cometido. Diante disso, reclamou ao diretor, que teria dito que "desconsideraria" aquelas anotações.

Com a gravidade dos fatos, a mãe acionou o Conselho Tutelar de Campo Grande, que a orientou a procurar a Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) para registrar um boletim de ocorrência e, também, a Semed (Secretaria Municipal de Educação). Ela afirma que, passados mais de 15 dias da solicitação, ainda não obteve retorno do órgão.

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