Acordo assegura retomada dos atendimentos e cirurgias na Santa Casa em Campo Grande

Após reunião agendada pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, prefeitura, governo do Estado e direção do hospital assinarão um contrato temporário.

Acordo firmado no início da tarde desta quinta-feira (7) pela Santa Casa, prefeitura de Campo Grande e governo do Estado vai assegurar a retomada dos atendimentos ambulatoriais de média complexidade, parados desde terça-feira (5), e a não suspensão das cirurgias eletivas, que estava prevista para a próxima segunda-feira (11).

A reunião, convocada pela presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, deputada Mara Caseiro (PTdoB), aconteceu na sala de reuniões da Casa. Pelo acordo, a prefeitura de Campo Grande permanecerá repassando R$ 3 milhões à Santa Casa até o dia 31 de maio, sendo R$ 2,5 milhões para média complexidade e R$ 500 mil para a alta complexidade.

Após esse período, comissão formada por membros da prefeitura, governo e Santa Casa vai apresentar um relatório de fiscalização do fluxo de serviços e finanças do hospital. Só então o governo estadual se comprometeu em destinar aporte financeiro à instituição, sem valor ainda definido.

Depois do dia 31 de maio, quando o relatório estiver finalizado e o governo do Estado definir o valor que poderá repassar à Santa Casa, será celebrado um contrato definitivo.

A diretoria do hospital quer que esse contrato tenha duração de 5 anos, com valores corrigidos pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Porém, ainda não há acordo sobre a quantia a ser repassada, e tudo só será conversado em definitivo após o término desse contrato temporário.

Na opinião da deputada Mara Caseiro, a reunião foi extremamente positiva, uma vez que, até o momento, as conversações estavam travadas e nenhuma das partes cedia.

“Isso vinha prejudicando a população de todo o Estado, que depende dos serviços do maior hospital de Mato Grosso do Sul. Fico feliz por termos trazido essa discussão para dentro da Assembleia e ter acontecido esse consenso, com todos assumindo suas responsabilidades”, declarou a parlamentar.

A deputada também ressaltou a importância de uma discussão ampla a respeito das competências de cada ente federado no que diz respeito à saúde. “Também temos que discutir a Lei do Rateio, o Saúde + 10, além do reajuste da tabela do SUS, que são assuntos de extrema importância para a nossa população. Vamos trazer esse debate para dentro da Casa, e vamos cobrar o governo federal, que precisa assumir a sua responsabilidade também nessa questão”, afirmou.

Participaram da reunião o presidente da Santa Casa, Wilson Teslenco, o 1º secretário, Heitor Rodrigues Freire, o 1º tesoureiro, Gete Ottano da Rosa, o assessor jurídico da instituição, Carmelino Resende, o superintendente do hospital, Roberto Madid, o 2º secretário, Mário Cavinato, o superintendente da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande), Virgílio Gonçalves de Souza Júnior, o diretor de Relações Institucionais e Saúde da Sesau, Antônio Lastória, os deputados estaduais Felipe Orro (PDT), Antonieta Trad (PMDB), Rinaldo Modesto (PSDB) Lídio Lopes (PROS), Cabo Almi (PT) e Amarildo Cruz (PT), a representante do Ministério Público, Filomena Fluminhan, o secretário adjunto de Saúde do Estado, Lívio Viana de Oliveira Leite, o representante do Conselho Municipal de Saúde, Sebastião Júnior, além de representantes da Câmara de Vereadores da Capital.